Adhemar das Cobras, uma figura emblemática da história tijuquense

Adhemar Carvalho viajava pelos quatro cantos do país e fazia exposições de animais exóticos, como cobras gigantes, boi de cinco patas, galo de três pernas. Assista um vídeo que mostra Adhemar tocando acordeão para Maria Gallotti, em 1972

Adhemar das Cobras, uma figura emblemática da história tijuquense

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Adhemar Carvalho foi umas das figuras mais emblemáticas da história tijuquense.

Nascido no ano de 1900, foi casado com Marcia Pacheco, sete anos mais nova que ele. Tiveram seis filhos: Davina, Ivone, Clelia, Dalva, Adhemar e Iolanda. Teve ainda outros filhos fora do casamento e depois de enviuvar, entre eles Aurelino (Lelo do Besc) e Vera.

O famoso aventureiro prestou um relevante serviço ao país: era fornecedor de serpentes capturadas no Mato Grosso para o Instituto Butantã, de São Paulo, destinadas a fabricação de antídotos para a picada de cobras (soro antiofídico).

Em razão disso recebeu o apelido de Adhemar das Cobras. Nas foto que ilustram essa matéria, Adhemar segura uma cobra com as próprias mãos e, na outra, registrada no carnaval, o que parece ser um menino no cavalo ao meio, pode ter sido um boneco, feito para "farra" carnavalesca. 

Viajando pelos quatro cantos do país, tocava sanfona em praças públicas e apresentava animais exóticos, entre eles cobras gigantescas, galo de três pernas, boi de cinco patas, suçuarana enjaulada, carneiro que andava como um coelho e muitos outros. Faleceu em 1987.


No vídeo histórico (assista ao final da matéria), cuja autoria é desconhecida, Adhemar das Cobras toca em seu acordeão a música ''Branca'', de Zequinha de Abreu, para Maria Gallotti, em Tijucas, no Casarão Gallotti, em 1972. 

Em sua homenagem a Câmara de Vereadores de Tijucas denominou de Adhemar Carvalho uma avenida que inicia na Marginal Oeste da BR-101, ao lado da Churrascaria do Nico, e que está projetada para se estender em direção ao bairro Universitário.

Adhemar Carvalho contou muitas histórias de Tijucas para seu neto, Edson Carvalho Bayer. Edson é colunista do Jornal Razão e dará continuidade ao trabalho de Leopoldo Barentin (1965 - 2021) na coluna Fundo do Baú. 


Fonte: Lorran Barentin / Jornal Razão