Santa Catarina está celebrando uma safra recorde de cebola, com uma produção estimada em mais de 551 mil toneladas, o que coloca o estado como o maior produtor da hortaliça no país. Os preços pagos ao produtor também estão acima do custo médio estimado para o estado, o que representa uma boa notícia para os agricultores.

Além disso, o estado também está colhendo uma safra de trigo 38% maior do que no ciclo passado, com um volume de 481,5 mil toneladas. Mesmo com as condições climáticas não sendo ideais, o aumento da produção se deve, em grande parte, à expansão da área plantada, que cresceu cerca de 36% no estado.

No entanto, nem todas as culturas estão apresentando resultados tão positivos. A safra de alho catarinense já foi colhida, e os produtores estão comercializando o produto a preços inferiores ao custo de produção. Os preços pagos ao produtor tiveram uma redução significativa em janeiro em comparação com dezembro, o que tem preocupado os agricultores.

A colheita de arroz está em andamento, mas está cerca de 8% atrasada em relação às duas safras anteriores devido ao prolongado período de frio, que retardou o ciclo da cultura. As estimativas indicam uma queda de -1,07% na produção em comparação com o ciclo passado, e a condição climática tem preocupado os produtores com relação à produtividade e uniformidade do grão.

Por outro lado, o preço médio recebido pelos produtores do feijão-carioca e feijão-preto aumentou em janeiro em comparação com dezembro, o que representa um alívio para os produtores dessas culturas.

A safra agrícola em Santa Catarina tem apresentado resultados mistos, com alguns setores registrando recordes de produção e preços elevados, enquanto outros enfrentam desafios como preços abaixo do custo de produção e condições climáticas desfavoráveis.