Santa Catarina tem a Capital mais rica do Brasil, aponta estudo

Florianópolis lidera ranking das capitais com maior renda média per capita no Brasil

Santa Catarina tem a Capital mais rica do Brasil, aponta estudo

Reprodução / Redes sociais

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Florianópolis, a capital de Santa Catarina, é a capital brasileira com a maior renda média por habitante, de acordo com um estudo chamado "Mapa da Riqueza no Brasil", elaborado pelo diretor do Centro de Políticas Sociais da Fundação Getulio Vargas (FGV Social), Marcelo Neri. O estudo se baseou nos fluxos de renda e estoques de ativos dos habitantes do país, calculados a partir de dados do Imposto de Renda (IRPF) de 2020.

O estudo revelou que a renda média da população de Florianópolis é de R$ 4.215,00 por habitante, um valor que supera a média das outras capitais do país. Em segundo lugar, vem Porto Alegre, com uma renda média per capita de R$ 3.775,00, seguida de Vitória, com R$ 3.736,00, e São Paulo, com R$ 3.542,00. No entanto, outras cidades fora das capitais lideram a lista, como Nova Lima, em Minas Gerais, com R$ 8.897,00 de renda média da população.

No entanto, o estudo não se limitou a avaliar as capitais, mas também investigou os municípios e os estados brasileiros. O Distrito Federal foi o estado que liderou a lista, com uma renda média per capita de R$ 3.148,00, seguido por São Paulo, com R$ 2.093,00, e Rio de Janeiro, com R$ 1.754,00.

No Distrito Federal, o bairro com a maior renda média por habitante é o Lago Sul, que é conhecido por ser o local onde moram muitos dos servidores federais. O valor alcança incríveis R$ 23.141,00 per capita na região, quase três vezes superior ao encontrado em Nova Lima, que ficou no topo do ranking dos municípios. Se Lago Sul fosse uma cidade, seria a mais rica do país, o que mostra uma enorme concentração de renda na capital federal.

O autor da pesquisa, Marcelo Neri, acredita que o estudo permite identificar a renda dos mais ricos com maior precisão do que os dados de pesquisas domiciliares tradicionalmente usados em estudos sobre pobreza e desigualdade. Segundo ele, "o IRPF consegue captar melhor a renda proveniente do ganho de capital, como os lucros no mercado financeiro ou distribuído pelas empresas, por isso traz mais realismo para o rendimento dos mais ricos". Ele ainda complementa, "Assim, podemos pensar os critérios para declaração do Imposto de Renda como uma linha de riqueza que permite identificar os residentes no país com maior poder de compra".

Embora o estudo mostre uma enorme desigualdade na distribuição de renda no Brasil, ele pode ajudar a identificar onde estão os maiores desafios para a redução dessa desigualdade. Além disso, pode ajudar na formulação de políticas públicas mais eficazes para a distribuição de renda, especialmente em regiões onde a concentração de riqueza é mais acentuada.