Mãe denuncia que filha bebê sofreu violência em centro de saúde de Tijucas

Ela levou a recém-nascida, de apenas 19 dias, para fazer o exame do pézinho e, devido à força do enfermeiro, as pernas da neném ficaram com grandes hematomas; um B.O. foi realizado

Mãe denuncia que filha bebê sofreu violência em centro de saúde de Tijucas

Internauta

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Uma situação de violência contra uma recém-nascida de apenas 19 dias foi registrada na última segunda-feira (9), no Centro de Saúde Orlando Barreto, em Tijucas. Isso é o que afirma uma mãe, que teve sua identidade preservada. Ela explica que, devido à força que um enfermeiro segurou as pernas de sua filha, grandes hematomas foram provocados.

Em relato exclusivo ao Jornal Razão, a mulher conta que, ao levar a filha para fazer o exame do pézinho, viu o enfermeiro apertando a perna dela com muita força. 

Ele furou o pézinho dela e começou a apertar para sair o sangue. Só que estranhei, porque ele começou a apertar a perninha dela com força... E o pé com mais força ainda. E a minha neném gritando inconsolável. A única resposta que ele dava era: 'não desce sangue suficiente'. Daí, não contente com aquilo, ele furou o outro pézinho. Nessa perna ele apertava com ainda mais força. Era tão nítida a força que ele fazia que os braços dele tremiam. E isso não é normal. (...) Eu estava achando tudo muito estranho, então dei um passo para trás e tirei a neném", contou.

A mulher explicou que, ao perceber a insatisfação dela, o enfermeiro chamou outra profissional e questionou que o sangue que havia retirado era o suficiente para realizar o exame. Ao receber uma resposta positiva, ele a liberou. 

"Não consegui olhar para os lados e nem falar, pois estava com o choro preso na garganta", lembrou a mãe.

Chegando em casa, para sua insatisfação e desespero, como a mesma relata, ao olhar a região onde o profissional estava segurando, levou um susto: grandes manchas roxas com as marcas das mãos dele. 

"Quando vi as perninhas da minha bebê me bateu um desespero. Eu não conseguia nem falar para minha mãe o que de fato havia acontecido", disse.

Dali, ela foi diretamente para a Delegacia de Polícia Civil de Tijucas, onde realizou um Boletim de Ocorrência. Em seguida, foi efetuar uma reclamação formal na Secretaria de Saúde da cidade. "Como aconteceu com a minha filha, não desejo que aconteça com a filha de ninguém. E acho que ele tem que ser punido por isso. Minha filha é só um bebêzinho e não merecia isso", declarou.

"Eles ficaram chocados. Levaram minha filha para o pediatra avaliar se não tinham outros hematomas pelo corpo. Daí pediram para fazer um exame de coagulação, mas eu não aceitei, porque ela é muito novinha para fazer exame de sangue. Fora que, na Delegacia, me orientaram a não fazer, porque eles querem 'tirar o dele da reta'", explicou a mulher, revoltada. 

Ainda no relato, ela comentou que a Secretaria estava dando suporte "porque não queria que ela registrasse o B.O.". 

"O suporte deles é fazer um exame de sangue e consulta com pediatra. Como se fosse mudar alguma coisa, né? Todos que viram as fotos ficaram assustados. Até a enfermeira do postinho que frequento ficou indignada. Ele não foi minimamente profissional e provavelmente não sabia realizar aquele exame", finalizou. 

Diante da situação, o Jornal Razão entrou em contato com a Prefeitura de Tijucas, questionando quais providências serão tomadas em relação ao enfermeiro. 

A matéria será atualizada assim que recebermos retorno.