"A firma não vai parar": juíza anula operação que prendeu 'Rei do Pó', em Bombinhas

"A juíza ainda determinou a devolução de todos os bens aprendidos, só faltou pedir a devolução da droga", desabafou o Tenente Coronel Eder

"A firma não vai parar": juíza anula operação que prendeu 'Rei do Pó', em Bombinhas

Reprodução / PMSC

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Na última terça-feira (28/02), a cidade de Bombinhas, em Santa Catarina, foi palco de uma operação conjunta da Polícia Civil e Militar que desmantelou uma organização criminosa que utilizava conveniências na região para a prática de tráfico de drogas, receptação de bens furtados, contrabando e corrupção de menores. No entanto, alguns dias após a operação, a juíza responsável pela concessão dos mandados de busca e apreensão e prisão decidiu anular a ação.

A investigação, que durou mais de um ano, descobriu que a organização criminosa era estruturalmente ordenada e utilizava as conveniências nos bairros Bombas e José Amândio para dissimular a prática dos crimes. A liderança da organização também era proprietária das conveniências e coordenava diretamente a venda de drogas. Durante a operação, foram cumpridos seis mandados de prisão temporária, um mandado de apreensão de adolescente e oito mandados de busca e apreensão.

No entanto, alguns dias após a operação, a juíza responsável pela concessão dos mandados decidiu anular a ação, alegando que as imagens obtidas na apreensão do DVR não foram obtidas legalmente. Isso gerou preocupação e frustração na população e nos policiais envolvidos na operação, já que a investigação contava com robustas provas e envolveu várias dezenas de policiais. Além disso, durante a operação, um parlamentar da cidade foi flagrado adquirindo cocaína com um dos traficantes da organização criminosa.

Após a anulação da operação, os traficantes fecharam uma avenida em Bombinhas, com som alto e foguetes, gritando que a "firma não vai parar". A situação gerou medo e revolta na população, que se sente insegura diante da atuação dos criminosos. O clima tenso levou o Tenente Coronel Eder, comandante do 31° BPM, a determinar o encerramento das ações de inteligência na comarca de Porto Belo, enquanto o Promotor da comarca informou que irá recorrer da decisão.

O delegado responsável por investigar o caso está desolado. "Foram vários finais de semana perdidos", afirma.

A situação em Bombinhas é preocupante e indica a necessidade de soluções coordenadas e efetivas das autoridades para combater o tráfico de drogas e outras atividades criminosas. É importante respeitar as decisões judiciais, mas também é fundamental garantir a segurança e a tranquilidade da população. Espera-se que as autoridades continuem trabalhando de forma coordenada e estratégica para enfrentar o crime e proteger os direitos e a segurança da população.