Casal invade terreno, ergue barracão e diz ser dono, em Santa Catarina

Invasão de terras no Brasil, Jaraguá do Sul e CPI do MST: movimento crescente de ocupações ilegais preocupa população e parlamentares buscam investigar responsáveis e financiadores

Casal invade terreno, ergue barracão e diz ser dono, em Santa Catarina

Reprodução / Redes sociais

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Uma invasão de terra foi registrada no bairro Vieiras, em Jaraguá do Sul. Um seguidor do repórter Willian Fritzke relatou que se deparou com um casal que, simplesmente, ergueu um barraco no terreno do mesmo e começou a se identificar como se dono fosse. 

Por sorte, ele percebeu a situação antes de os invasores trazerem toda a mudança, e eles foram retirados do local, tendo o barraco destruído. Esse tipo de situação tem sido considerada inadmissível na região.

Em meio a esse contexto, o ex-ministro do Meio Ambiente e terceiro deputado federal mais votado em São Paulo, Ricardo Salles (PL-SP), é um dos defensores da abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Movimento dos Sem Terra (MST) na Câmara para investigar a invasão de três terrenos da empresa Suzano Papel e Celulose, nos municípios de Teixeira de Freitas, Mucuri e Caravelas, no sul da Bahia.

Inicialmente, Salles e outros dois deputados – Kim Kataguiri (União Brasil-SP) e Tenente-Coronel Zucco (Republicanos-RS) – encabeçavam propostas semelhantes para a instalação do colegiado. Na última semana, o trio concentrou esforços em um texto único, e o pedido conjunto foi protocolado com 172 assinaturas, uma a mais que o necessário, abrindo caminho para a investigação do Legislativo.

Agora, a expectativa é que a instalação da comissão seja discutida na próxima semana, em reunião de líderes, e, com apoio de Arthur Lira (PP-AL), presidente da Casa, colocada em funcionamento de forma imediata. “Ele [Lira] vai instalar, porque é do interesse da sociedade saber o que está acontecendo”, assegurou Ricardo Salles.

O objetivo da CPI é esclarecer quem está organizando e financiando os movimentos de invasão de terras, os coordenadores das invasões e apontar possíveis omissões de autoridades que estariam “facilitando” e fazendo um “convite” para as ocupações.

Salles defende que a solução para os problemas agrários e de terras no Brasil passa por seguir o processo legal, com o governo identificando propriedades que podem ser compradas e usadas para assentamentos e fornecendo títulos de propriedade, algo que, segundo ele, o governo Bolsonaro fez.

A invasão de terras em Jaraguá do Sul e no restante do Brasil, além da abertura da CPI do MST refletem a preocupação crescente com as invasões de terras no Brasil e a necessidade de investigação e ação das autoridades competentes.