Golpistas de 'criptomoedas' estavam construindo prédios de luxo em SC

Foram cumpridos mandados de prisão busca e apreensão em diversos locais, incluindo municípios de Balneário Camboriú e Itajaí.

Golpistas de 'criptomoedas' estavam construindo prédios de luxo em SC

Divulgação/ Polícia Civil

No WhatsApp do JR tem notícia toda hora! Clique aqui para acessar.

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) conduziu uma operação para desarticular uma organização criminosa especializada em lavagem de dinheiro. Durante a ação, conhecida como Operação Fênix, os policiais apreenderam seis veículos, incluindo duas Mercedes-Benz e uma Maserati, além de valores em espécie, relógios e bebidas importadas. Um dos investigados tinha escondido cerca de R$ 130 mil em dinheiro em sua casa.


Os alvos principais da operação são os irmãos Welbert Richard Viana Marinho e Weverton Viana Marinho, que são conhecidos por terem criado e gerenciado a moeda virtual Kriptacoin e pelo envolvimento em um esquema de pirâmide que causou prejuízos a cerca de 40 mil pessoas. A operação incluiu a cumprimento de seis mandados de prisão preventiva e 11 de busca e apreensão nas regiões administrativas de Águas Claras, Ceilândia, Cruzeiro, Guará, Taguatinga e Vicente Pires, bem como na cidade de Balneário Camboriú, e Itajaí, em Santa Catarina.


A organização criminosa usou pelo menos cinco empresas, registradas em nomes de familiares e terceiros, para lavar dinheiro de origem ilícita. Uma empregada doméstica foi usada como sócia-proprietária fictícia de uma das empresas. O grupo construiu imóveis sem escritura ou alvará, incluindo o Ravi Hotéis, e se articularam para vender cotas de um hotel e empreendimentos de luxo no litoral de Santa Catarina.

Os investigados responderão por crimes de lavagem de dinheiro, organização criminosa e falsidade ideológica, com penas que podem ultrapassar 18 anos de prisão. A moeda virtual Kriptacoin foi criada no final de 2016 e, a partir de janeiro de 2017, os suspeitos convenceram investidores a aplicar dinheiro na moeda, com um esquema de pirâmide que visava encher os bolsos dos investigados. Eles tinham diversas passagens pela polícia por crimes como estelionato.