Influencers são detidas sob suspeitas de pornografia infantil, onde exploravam as próprias filhas

As suspeitas de envolvimento supostamente recebiam até R$ 4.500 de um homem para ter encontros com elas e as crianças

Influencers são detidas sob suspeitas de pornografia infantil, onde exploravam as próprias filhas

Internet/ imagem ilustrativa

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Duas mulheres foram detidas no Rio Grande do Sul sob suspeita de envolvimento em um esquema de pornografia infantil, no qual alegadamente exploravam suas próprias filhas. Um homem, que supostamente pagava até R$ 4.500 para ter encontros com as mães e as crianças, já estava sob custódia desde o final de abril.

As acusadas foram selecionadas através de sites de prostituição ou recrutadas em instituições de caridade, com o padrão de sempre focar em mães com filhas.

"Essas mulheres são convidadas para sair, se aproximam do indivíduo e estabelecem uma relação em que, desde o início, são acordados valores baseados em uma tabela. É definido o tipo de ato sexual a ser realizado com a mãe e, posteriormente, com a criança", explica a delegada Camila Defavari.

Em uma conversa interceptada, o homem negocia com uma mãe o preço de cada abuso à criança. Um "banho" custa R$ 450, enquanto o "programa completo" com mãe e filha chega a R$ 4.500.

Uma influenciadora digital de Cachoeirinha, na região metropolitana de Porto Alegre, foi presa na quarta-feira (17) sob a acusação de explorar a filha de sete anos. Na capital do estado, uma mulher de 23 anos se entregou à polícia por suspeita de usar as duas filhas no esquema.

Joelson Silva Rosa, 41 anos, foi detido em 27 de abril em sua residência na costa gaúcha. Um apartamento foi usado para a prática dos crimes. Durante a busca, a polícia confiscou produtos sexuais e medicamentos controlados. No mesmo dia, outra mulher foi presa e suas três filhas foram submetidas a exames, que confirmaram os abusos.

A perícia conseguiu recuperar dados de computadores e celulares que o suspeito tentou eliminar. Dez mulheres que participaram dos abusos com as filhas já foram identificadas. De acordo com a polícia, o homem, especialista em tecnologia da informação, produzia material de pornografia infantil.

"Esse tipo de material é muito valorizado na deep web, dark web. Há pessoas que buscam e compram esse tipo de material, então ainda estamos trabalhando para identificar todos esses aspectos", afirma a delegada Camila Defavari.