Juiz descarta legítima defesa em caso de homem que esfaqueou morador de rua em Blumenau

De acordo com o juiz, o ato de Gleidson Tiago da Cruz contra Eduardo Passold Reis " foi desproporcional"

Juiz descarta legítima defesa em caso de homem que esfaqueou morador de rua em Blumenau

Divulgação

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O juiz Eduardo Passold Reis converteu a prisão em flagrante de Gleidson Tiago da Cruz em prisão preventiva. Ele está sendo acusado de assassinar Geovane Ferreira da Silva, homem em situação de rua, em frente a um supermercado de Blumenau na última sexta-feira (3). A decisão foi baseada em depoimentos de três testemunhas, que contradizem a tese de legítima defesa.

As testemunhas, que prestaram depoimento à Polícia Civil, indicam que o crime foi realizado de forma violenta. O juiz ressaltou que a vítima foi atingida por ao menos 15 golpes de faca. “Inviável dizer que o indiciado agiu em legítima defesa, ao menos nesse momento embrionário das investigações, porque não há nenhum elemento concreto até o momento que pudesse corroborar tal versão”, explicou..

O juiz ressaltou também que, mesmo se a provocação tivesse partido da vítima, a resposta de Gleidson foi desproporcional, ultrapassando os limites de uma legítima defesa. 

“(...) Mesmo que a provocação tenha partido da própria vítima – o que não é possível ainda confirmar e nem parece ser o caso – não há como ignorar que o desdobramento que se seguiu, ao que tudo indica, foi desproporcional ao contexto narrado e extrapolou os limites jurídicos de uma eventual legítima defesa”, disse o juiz.

Após o ataque, Geovane foi encontrado sem vida pelos socorristas. Gleidson aguardou no local a chegada da polícia, com sua filha de dois anos presente no momento do crime.