
Ilustrativa
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Um padre, que atuava no Sul de Santa Catarina, foi sentenciado esta semana a 28 anos de reclusão em regime fechado por quatro atos de estupro de vulnerável contra uma menina de nove anos. Os abusos teriam sido cometidos dentro da sala de catequese em 2012, onde o acusado dava aulas de violão à menor.
Antes dela, o padre já havia sido penalizado por crimes similares em outras localidades onde exerceu sem ministério, tendo sempre menores de idade como alvo.
Apesar dos crimes terem sido cometidos em 2012, relatos apenas vieram à tona anos depois, quando a vítima, prestes a se tornar adulta, passou por um episódio de crise de ansiedade ao discutir o tema de abuso sexual em sala de aula. Como consequência dos episódios traumáticos, a jovem abandonou a frequência na igreja.
A decisão veio da 2ª Vara Criminal da Comarca de Tubarão, seguindo uma acusação formalizada pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC).
Na decisão recente, aspectos como a reincidência do indivíduo e a quebra de confiança, associada ao seu papel religioso, foram determinantes para o estabelecimento da pena. Outro agravante levado em conta foi o fato de ele ter utilizado sua posição de autoridade sobre a vítima, na função de professor. Apesar da sentença, o processo ocorre sob sigilo e o réu tem permissão para recorrer em liberdade.
A Promotora de Justiça Substituta, Vanessa Cristine da Silva de Oliveira, afirmou que os pedidos do Ministério Público em suas alegações finais foram integralmente aceitos na decisão. Ela reforçou: "Delitos desta natureza exigem punições severas. Trata-se não só de proteger jovens e crianças, mas também de assegurar que a confiança depositada em figuras como educadores e líderes religiosos não seja quebrada".