VÍDEO - Facção faz exigências no RN: televisão, visita íntima e banho de sol

Onda de ataques aterroriza a população há vários dias. Um policial penal foi assassinado e bandidos divulgaram um vídeo com exigências

VÍDEO - Facção faz exigências no RN: televisão, visita íntima e banho de sol

Reprodução / Redes sociais

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Rio Grande do Norte, 19 de março de 2023 - A onda de ataques no estado do Rio Grande do Norte, iniciada na terça-feira (14), continua a aterrorizar a população. Um vídeo que circula nas redes sociais, mostra criminosos se identificando como integrantes da facção responsável pelos ataques, fazendo exigências para que os atos de violência sejam encerrados. O Ministério Público e o governo estadual seguem investigando o caso.

Os criminosos no vídeo, mascarados e armados, fazem reivindicações como melhorias no sistema prisional do estado, visitas íntimas mais frequentes, banho de sol, alimentação de melhor qualidade, televisão e luz nas celas. Além disso, exigem que o Poder Judiciário do Rio Grande do Norte seja investigado por "não soltar presos do semiaberto". Eles também ameaçam policiais e autoridades do estado.


Segundo fontes ligadas ao Ministério Público do Rio Grande do Norte, será aberta uma investigação para identificar a autoria do vídeo e os envolvidos. A Secretaria da Segurança Pública e da Defesa Social do Estado afirmou que não comentará o conteúdo do vídeo, mas investigará o material.

A onda de ataques afetou a vida dos moradores do Rio Grande do Norte, resultando em diversas ações criminosas, incluindo a destruição de prédios públicos e privados, incêndios e tiroteios. Até o momento, pelo menos 259 ataques foram registrados no estado e 48 cidades foram alvos de ataques criminosos.

Os ataques são atribuídos a uma facção criminosa chamada "Sindicato do Crime", que teria se aliado ao Primeiro Comando da Capital (PCC). Segundo o governo federal, o gatilho para os ataques foi a transferência de chefes do Sindicato do Crime para fora do estado, em janeiro.

Em resposta aos ataques, diversos serviços públicos foram afetados e eventos foram suspensos. Aulas em universidades públicas foram suspensas, e o transporte público foi recolhido temporariamente em Natal e Mossoró. Viagens intermunicipais também foram suspensas.

O governo federal enviou equipes da Força Nacional para ajudar no reforço da segurança pública. Policiamento de outros estados também foi enviado para o Rio Grande do Norte. O secretário nacional de Segurança Pública, Tadeu Alencar, informou que o estado recebeu 300 agentes de segurança, além de 200 policiais rodoviários federais e reforço de estados vizinhos.

Embora a operação de combate esteja evoluindo, o secretário Tadeu Alencar afirmou na sexta-feira que não há prazo para o fim dos ataques. Até o momento, não foi instaurada a Garantia de Lei e da Ordem (GLO), o que acarretaria no uso das Forças Armadas no combate à onda de ataques.