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O caso foi registrado na cidade de Lauro Müller no início da noite deste domingo (21), quando um cavaleiro tentou atravessar a ponte pênsil que liga o bairro Sumaré à Rodovia SC-390, e a estrutura, que está bastante precária, não suportou o peso do animal, trouxe à tona o descaso da administração pública com a conservação das pontes no município.
A situação precária da ponte pênsil do Sumaré vem se arrastando há tempos. Só na atual gestão já foram anunciados por duas vezes recursos para a reconstrução da estrutura. Em setembro de 2022, foi divulgada uma emenda parlamentar no valor de R$ 100 mil para a execução da obra. Apesar de o dinheiro ter sido depositado na conta do município, segundo vereadores da base de apoio na época, a ponte não foi reconstruída e continua oferecendo risco aos usuários.
Agora, em 2024, novamente, outro deputado destinou outra emenda no valor de R$ 500 mil para a recuperação da passagem. A reforma da ponte é crucial para a segurança e mobilidade dos usuários. Por ser próxima de um local que é ponto de embarque e desembarque de trabalhadores, a estrutura tem um fluxo intenso de pedestres 24 horas por dia. Apesar das constantes cobranças, só o que se vê são reparos pontuais na estrutura. Inclusive, na operação de resgate do cavalo, um guindaste teve que ser acionado para realizar o içamento e evitar que a estrutura entrasse em colapso, colocando em risco a vida dos bombeiros que estavam tentando salvar o animal.
Apesar da gravidade da situação, a prefeitura do município continua inerte frente à situação; o local recebeu apenas a sinalização com fitas zebradas e os usuários continuam se arriscando a passar pelo local.
Pontes no Interior Também Apresentam Riscos
Na localidade do Cabo Aéreo, crianças precisam passar todos os dias por uma ponte improvisada para frequentar a escola. A estrutura está em péssimas condições desde as fortes chuvas de outubro de 2023; as famílias se arriscam diariamente por ter apenas esse acesso. A situação fica ainda mais crítica em dias de chuva, devido à proximidade com as encostas da Serra do Rio do Rastro, o volume do rio fica elevado e com correnteza forte.
Na comunidade de Vargem Grande, também no interior, desde janeiro os moradores estão praticamente isolados após a ponte ter sido levada pela correnteza. Há relatos de moradores que precisam buscar rotas alternativas para poder trabalhar. Um trajeto que antes era de 400 m agora precisa ser percorrido em 18 km para conseguir chegar ao local de trabalho.
A comunidade local pede providências urgentes por parte da prefeitura; caso a reforma da ponte não aconteça de imediato, que pelo menos a estrutura seja interditada para evitar que alguém se machuque gravemente.