As 16 finalistas do concurso "Divas Black", representando a beleza negra da Região Carbonífera, protagonizaram um desfile protesto contra o racismo nesta sexta-feira (1), em Criciúma.

O ato foi uma resposta direta a um incidente de discriminação racial envolvendo uma conhecida marca de roupas, cuja supervisora regional teria proibido as jovens de utilizarem as peças da loja para um desfile, usando expressões pejorativas como "estranhas" e "esquisitas" para justificar a decisão.

O episódio ocorreu no bairro Santa Bárbara, onde as candidatas realizaram uma manifestação pacífica. Segundo Jheni Oliveira, uma das organizadoras do evento, a responsável pela marca na Associação dos Municípios da Região Carbonífera (Amrec) expressou descontentamento com o perfil das modelos e vetou o uso dos produtos da loja. O grupo também registrou um boletim de ocorrência, buscando investigação e medidas legais.

Em meio à repercussão do caso, a empresa emitiu um comunicado nas redes sociais, informando que a funcionária responsável pelo comentário discriminatório já não faz mais parte do quadro de funcionários. A marca destacou ainda seu compromisso com a diversidade étnica, lembrando seus 30 anos de atuação no mercado de moda.