Florianópolis acusa ‘vizinhança’ de ‘largar’ moradores de rua na cidade

Um boletim de ocorrência foi registrado sobre o caso

Florianópolis acusa ‘vizinhança’ de ‘largar’ moradores de rua na cidade

Divulgação / PMF

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O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) iniciou uma investigação sobre um incidente envolvendo um casal em situação de rua, originalmente do Rio Grande do Sul, que teria sido transferido de São José para Florianópolis.

Segundo o relato, o casal procurou ajuda na cidade de São José, mas foi informado pela prefeitura local de que não havia vagas disponíveis para assisti-los. Posteriormente, eles receberam uma carona até o Terminal Rodoviário Rita Maria e foram aconselhados a se dirigir à passarela da Cidadania, em Florianópolis. Um boletim de ocorrência foi registrado sobre o caso.

Daniel Paladino, Promotor de Justiça do MPSC, expressou preocupação com a situação, destacando que este não é um caso isolado e que investigações já estão em andamento. Ele enfatizou a importância de Florianópolis na oferta de serviços de qualidade para pessoas em situação de rua.

Em resposta, a Prefeitura de São José emitiu uma nota, negando as alegações. Afirmou que a Secretaria de Assistência Social do município não oferece carona nem encaminha pessoas em situação de rua para outros municípios sem a presença de familiares que possam recebê-las. Ressaltou ainda a existência de uma política consolidada de atendimento a essa população, com serviços diversos disponibilizados no Centro POP.

Por sua vez, a Prefeitura de Florianópolis também se pronunciou, rejeitando a prática de receber pessoas em situação de rua de outras cidades e informando que tomará providências para que indivíduos em vulnerabilidade retornem aos seus locais de origem. A prefeitura comunicou estar à disposição para esclarecimentos junto ao Ministério Público e anunciou a abertura de uma investigação após o surgimento do caso do casal.