Governo Lula usa dados fictícios para atacar SC e impor narrativa de ‘Estado Nazista’

Cidade catarinense foi acusada de ser o verdadeiro ‘poço neonazista’ do pais

Governo Lula usa dados fictícios para atacar SC e impor narrativa de ‘Estado Nazista’

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Nos últimos dias, viralizou em todo o Brasil uma reportagem que acusa cidade catarinense de ser o verdadeiro ‘poço neonazista’ do pais.

Entretanto, a verdade desmascara a narrativa caluniosa contra o estado de SC.

Foto utilizada em reportagens para acusar Blumenau de ser a cidade com o maior número de células neonazistas do Brasil sequer foi registrada em Santa Catarina.

Ocorrência foi em 2013, no estado do Rio de Janeiro, mais precisamente em Niterói . Todavia, sites de extrema-esquerda como a ‘Mídia Ninja’ replicaram a informação de que o Ministério dos Direitos Humanos do Governo Lula denunciaria SC para a ONU por ‘aumento do discurso de ódio e neonazismo’ em território catarinense.

Pesquisadora que estuda grupos extremistas no Brasil e no mundo, Michele Prado, expôs o que considerou ser hipocrisia do Governo Federal:

“O Conselho Nacional dos Direitos Humanos foi para SC investigar o suposto aumento de células nazistas no Estado. O mapeamento que traz esses números de 320 células neonazistas somente em SC nunca foi publicado para escrutínio público. Também não há publicado quais os critérios que estão sendo utilizados para classificação de grupos extremistas. Não há como propor políticas públicas de contra-extremismos em cima de número fictícios, com falta de critérios de classificação e sem orientação sólida em evidências empíricas. E somente oba oba esse tipo de coisa. Não vai ao cerne do desafio”, publicou Michele no X, antigo Twitter.

Ainda segundo Michele Prado, “dados fictícios estão pautando não apenas o debate como servindo de base para propostas de políticas públicas”.

Reportagem da ‘Mídia Ninja’ diz que, com 365 mil habitantes, Blumenau tem 63 células neonazistas. O portal também afirma que um relatório do CNDH destaca um “cenário alarmante de crescimento desses grupos, acompanhado de um aumento no discurso de ódio, especialmente direcionado às mulheres, à população negra e à população LGBTQIAPN+”.

Em contrapartida, dados confirmados pelo Jornal Razão apontam que Santa Catarina é o 2° estado que menos matou pessoas negras e é um dos únicos estados do Brasil em que a vitimização de pessoas negras é inferior a 50% das mortes violentas contabilizadas, uma queda de quase 30% de 2016 a 2021.

Ou seja: é muito mais seguro ser uma pessoa negra em Santa Catarina do que lá em Alagoas, por exemplo, onde risco é 36,6 vezes maior.

Além disso, a Associação Nacional de Travestis e Transexuais afirma que não há registro de assassinatos de pessoas trans em Santa Catarina durante todo o ano de 2023.

Essas informações colocam em xeque a narrativa de que Santa Catarina estaria sofrendo um “alarmante aumento do discurso de ódio especialmente direcionado às mulheres, à população negra e à população LGBTQIAP+".