"Morto pelo PT": moradora de SC leva susto ao ver nome de seu pai no sistema do SUS

O Ministério Público abriu inquérito para investigar o caso

"Morto pelo PT": moradora de SC leva susto ao ver nome de seu pai no sistema do SUS

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Uma situação bizarra e preocupante veio à tona em Blumenau, onde uma moradora descobriu que, segundo o sistema do SUS do Governo Federal, ela estaria 'morta' desde 2022. Além disso, o nome de seu pai foi alterado para 'Morto pelo PT' e seu endereço foi mudado no sistema para 'Rua Eu amo o Bolsonaro'.

O Ministério Público já iniciou um inquérito para investigar estas alterações peculiares e ofensivas. As investigações preliminares apontam que os ajustes foram feitos remotamente, com acessos registrados em Pernambuco e Minas Gerais, bem longe de Santa Catarina, onde a mulher reside.

A Secretaria Municipal de Saúde de Blumenau confirmou que as modificações foram identificadas após verificações minuciosas no sistema, que revelaram as origens dos acessos nos estados mencionados. O caso segue sob análise, e as autoridades estão trabalhando para corrigir os erros e determinar os responsáveis por essa grave violação de dados.

Nota de esclarecimento

A Prefeitura de Blumenau, por meio da Secretaria de Promoção da Saúde (Semus), informa que tomou conhecimento das alterações no cadastro da usuária A.F quando a paciente buscou pela rede pública de saúde no dia 14 de abril, por meio do Centro de Atendimento Dengue (CAD).

Na data, a usuária foi acolhida no CAD, passou por consulta médica e recebeu medicação na farmácia, seguindo todo o protocolo de atendimento pela equipe de saúde do município. A inconsistência no Cartão Nacional de Saúde (CNS) da paciente só foi constatada a partir da solicitação de um exame de hemograma. Para pedir o exame, é necessário acessar o Sistema Nacional de Regulação (Sisreg), que é um sistema web, disponibilizado pelo Ministério da Saúde (MS), aos estados e municípios, que permite a regulação do acesso aos serviços de saúde.

Ao tomar conhecimento da alteração no cadastro da paciente, inclusive por causa do registro indevido de óbito, a equipe da Semus investigou o fluxo das alterações e descobriu que as mudanças no cadastro da usuária foram informadas em seu CNS por pessoas de fora de Santa Catarina, mais precisamente dos estados de Pernambuco e de Minas Gerais. No momento do atendimento no CAD, a paciente foi orientada a buscar por uma unidade de saúde para pedir a regularização das informações, porém, o registro nacional de óbito só pode ser revertido pelas autoridades competentes. Por isso, a coordenação municipal de sistemas de informação em saúde da Semus já solicitou providências e esclarecimentos ao MS através de chamado formal.

A Secretaria de Promoção da Saúde segue aguardando o retorno do Ministério da Saúde em relação ao pedido de regularização da paciente.