Pastor e amante são condenados após matar esposa a facadas e jogar corpo em rio

Vítima foi encontrada morta em rio com mãos amarradas

Pastor e amante são condenados após matar esposa a facadas e jogar corpo em rio

Divulgação

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Na cidade de Itajaí, um caso chocante de homicídio veio à tona com a condenação de três envolvidos pelo assassinato de Mariane Kelly, de 35 anos. O crime, ocorrido em abril de 2021, teve desdobramentos marcados pela brutalidade dos fatos e pelo planejamento macabro dos responsáveis.

A vítima, desaparecida por cerca de 20 horas, foi encontrada boiando no rio Itajaí-Açu, com as mãos amarradas e diversas perfurações por golpes de faca. O marido de Mariane, Joedison dos Santos, conhecido como pastor Jota, foi apontado como o mandante do crime, encomendando a morte da esposa para ficar com uma mulher com quem mantinha um relacionamento extraconjugal.

A sentença, divulgada pelo Ministério Público de Santa Catarina (MP-SC), condenou Joedison a 29 anos de prisão, enquanto Shirlene da Silva dos Santos, a amante, recebeu uma pena de 20 anos, e Lucas Prazeres Fernandes, genro de Shirlene na época, foi sentenciado a 18 anos.

O caso, investigado e detalhado durante o julgamento, revelou uma trama sinistra. Joedison prometeu pagar R$ 2.500 para que Lucas e um adolescente executassem o crime. A vítima, ao sair do trabalho, aceitou a carona de Shirlene, vizinha e amiga, sem saber que seria surpreendida por Lucas e o menor, que a aguardavam no veículo.

A brutalidade do assassinato, perpetrado com golpes de faca enquanto o carro estava em movimento, chocou a comunidade. A tentativa de ocultação do cadáver, com o lançamento do corpo no rio Itajaí-Açu, e a simulação de um suposto desaparecimento, evidenciam a frieza e a crueldade dos envolvidos.

O julgamento, que durou aproximadamente 17 horas, contou com a presença de membros da comunidade evangélica da qual Mariane fazia parte, colegas de trabalho e outros interessados no desfecho do caso. Em meio à tragédia, um gesto de solidariedade surgiu: quatro meses após a morte de Mariane, foi fundada a Casa Mariane, iniciativa de apoio a vítimas de violência doméstica e familiar, mantida pela igreja local.