“Por que só em SC?”, desabafam pescadores indignados com o Governo Lula

A medida tomou de surpresa centenas de pescadores

“Por que só em SC?”, desabafam pescadores indignados com o Governo Lula

Divulgação

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A comunidade de pescadores de Santa Catarina enfrenta um período de incertezas e frustrações devido à recente suspensão da pesca de tainha no estado, medida imposta pelo governo federal. A restrição, que afeta exclusivamente Santa Catarina, foi implementada após alegações de que a cota estabelecida para a captura da espécie havia sido atingida.

A medida tomou de surpresa centenas de pescadores locais, muitos dos quais dependem economicamente da safra anual da tainha. "Por que só Santa Catarina?", questiona um pescador veterano, refletindo o sentimento de injustiça que permeia a comunidade. Segundo eles, outros estados brasileiros, como Paraná, São Paulo e Rio de Janeiro, não enfrentam restrições semelhantes, apesar de terem registrado capturas superiores no último ano.

Em entrevista ao Jornal Razão, o Secretário da Pesca do Governo de SC destacou a falta de controle uniforme e transparência nas decisões. "Os outros estados capturaram mais do que Santa Catarina no ano passado e não têm nenhum tipo de controle. Exigimos respeito e transparência", declarou.

Os pescadores relatam que a situação é especialmente dolorosa este ano, visto que há uma abundância de tainha nas águas catarinenses. "Hoje da manhã, vimos uma quantidade enorme, absurda, de tainha na ilha de Santa Catarina, e o pescador não pode fazer nada", lamenta outro pescador, demonstrando a frustração de ver o recurso disponível, mas inacessível devido às regulações.

Esta restrição impacta não apenas a economia local, mas também o modo de vida de gerações de famílias que têm na pesca sua principal fonte de renda. "Temos pescadores aqui com 80 anos, que nunca trabalharam com carteira assinada, sempre dependendo da pesca", adiciona um pescador local, destacando a profundidade da tradição pesqueira nas comunidades afetadas.

Diante do descontentamento crescente, representantes da pesca em Santa Catarina estão exigindo que o governo federal reavalie sua decisão, buscando um equilíbrio que permita a sustentabilidade da espécie sem prejudicar de maneira desproporcional os pescadores catarinenses.