Presidente ucraniano rejeita eleições enquanto a guerra continuar

A posição do presidente vem em um momento em que a nação está concentrada na luta que definirá o futuro de seu território e povo

Presidente ucraniano rejeita eleições enquanto a guerra continuar

Divulgação / Redes sociais

No WhatsApp do JR tem notícia toda hora! Clique aqui para acessar.

O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, manifestou-se de forma inequívoca contra a realização de eleições planejadas para o próximo ano no contexto do conflito armado em curso. Em uma comunicação à nação nesta segunda-feira, Zelensky enfatizou a importância de evitar divisões políticas e a necessidade de união nacional para a defesa do país.

A posição do presidente vem em um momento em que a nação está concentrada na luta que definirá o futuro de seu território e povo. Zelensky, cujo mandato está programado para terminar em 31 de março, enfatizou a importância de se concentrar em tarefas de defesa e resistência, rejeitando a ideia de que seja apropriado realizar eleições durante um período de guerra.

Ele pediu otimismo e coesão, alertando que o pessimismo e os conflitos internos beneficiam apenas a Rússia. Zelensky sugeriu que as estruturas estatais estão preparadas para resolver disputas políticas e fornecer respostas claras à sociedade para evitar conflitos internos.

Essa fala do presidente ucraniano surge após comentários de seu ex-conselheiro, Oleksiy Arestovich, que expressou o desejo de concorrer nas eleições presidenciais e não postergá-las. Arestovich tem sido um crítico vocal da administração de Zelensky e alega ter sido pressionado e ameaçado por suas posições.

Zelensky criticou a ideia de trazer a discussão eleitoral para o debate público durante a guerra, chamando-a de "totalmente irresponsável" e "frívola". Há também preocupações sobre a segurança durante o dia das eleições e a capacidade de proporcionar o voto a soldados, refugiados e deslocados internos.

O pronunciamento presidencial ocorre igualmente após o comandante do exército ucraniano, Valerii Zaluzhnyi, admitir publicamente falhas na estratégia militar e a estagnação na frente de batalha.