Professora que chamou catarinenses de nazistas vai continuar nas salas de aula

Governo de Santa Catarina decidiu que professora poderá continuar em salas de aula

Professora que chamou catarinenses de nazistas vai  continuar nas salas de aula

Divulgação

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Governo de Santa Catarina decidiu que professora poderá continuar em salas de aula, mesmo após ter dito que catarinenses são nazistas e facistas. Ela também acusou Bolsonaro de querer “exterminar as pessoas trans”.

Episódio aconteceu em maio deste ano, numa escola estadual de SC. A decisão da Secretaria de Educação foi publicada no Diário Oficial. A professora, que é ACT, ou seja, temporária, poderia ter sido exonerada. Entretanto, recebeu apenas uma suspensão por 30 dias.

“Aqui é o berço do nazista. Exploração de mão de obra! Esse senhor da Havan. Eu posso levar até um tiro dos pais de vocês. Eu tenho medo. Sair defendendo comunismo num estado em que 70% é fascista? Não existe comunismo no mundo ainda, mas eu queria que tivesse”, disse a mulher aos estudantes.

Procurada, a Secretaria de Educação não se pronunciou. O espaço permanece aberto.


Veja a transcrição do áudio na íntegra:

"Se tu é um burgues e rico, tá certo, tem que defender a sua, né? Cada um tem que defender a classe que pertence. Eu sou pobre, estudei em escola pública, uso a farmácia popular, uso o SUS, né? A minha filha se formou em universidade pública. Não trato ninguém com preconceito, não trato, tenho nojo de preconceito, racismo. Isso não sou eu que estou falando, é ele mesmo que falou, tem vídeos, tem mil vídeos falando, entendeu? Mostrando o que o Bolsonaro pensa das pessoas, da vida dos pobres, entendeu? Eu, pra mim, eu serve, nunca vai servir esse tipo de posicionamento político. E acho que não fez nada, nada. Olha, arma, defender arma, sabe? O que tu vai fazer? Vai pegar uma arma, vai dar um tiro no vírus? Contra a ciência, terra plana, antivacina, antivacina, contra a... Cloroquina, queria enfiar na gente? Enfiou, monta que a gente tomou isso aí. Melhorou, caralho, isso eu quero ver a ciência provar isso aí. A gente aqui estuda ciência. Não, isso aí, ó, isso aí é mentira do WhatsApp, mentira do WhatsApp. Ah, e tu você falou também no Facebook? Não, eu sou cientista política, a gente tem que estudar. Agora tu fica no WhatsApp porque o fulaninho falou, porque não sei quem da igreja falou? Aí, meu Deus, ainda não deu um lugar nenhum. Eu concordo com a Ganesh, todas as cenas que vocês vão ver, eu concordo com a Ganesh. E a Brindônia, porque hoje que é dia de viagem, foi comemorada, já teve dois anos. E pra gente, olha, isso aí é fake news, param isso, você tem que estudar. Porque tem vídeo, tem vídeo pra todos os caras. Agora o Bolsonaro vai ser presidiário também, vai ter um monte de gente presidindo. Não, não precisa ser presidente não. Ué, ela é isso aí, prometi, ela é isso aí, prometi. Isso é um mito, gente. Olha você, essa menina aqui, ela é um exemplo, entendeu? Ele já quer, ele já quer. O Bolsonaro quer exterminar pessoas, os bolsonaristas querem exterminar pessoas trans. Não, não, não. Ele passou quatro anos por dentro, por que ele não fez isso? Mas muitas pessoas fizeram, muitas pessoas fizeram. Sempre? Acabou, só falei isso porque o Jorge vai vir falar que não é lugar pra ele. Querem me tomar, querem me proteger. Aqui é o berço do nazista. Aqui sai tudo quanto é coisa de nazista. É altíssimo nesse estado. O índice de violência contra a mulher é altíssimo em Santa Catarina. Exploração de mão de obra! Esse senhor da Havan. Eu posso levar até um tiro dos pais de vocês. Eu tenho medo. Sair defendendo comunismo num estado em que 70% é fascista? Não existe comunismo no mundo ainda, mas eu queria que tivesse igualdade. Não tem país comunista", disse a mulher, entre outras afirmações, nos três áudios vazados.