Divulgação / Juan Todescatt
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Após enfrentar a pior enchente de sua história, o município de Taió, localizado no Alto Vale do Itajaí, finalmente vê um respiro. Às 18h da última quarta-feira (18), o nível do Rio Itajaí do Oeste recuou para 8,96 metros, encerrando oficialmente a situação de emergência e alagamentos que afligiam a cidade de 18,5 mil habitantes. Entretanto, as marcas deixadas pelas águas vão muito além dos números.
Segundo dados da Defesa Civil local, aproximadamente 190 pessoas permanecem em abrigos temporários. O prefeito Horst Alexandre Purnhagen afirmou que o objetivo é o retorno dessas famílias às suas casas já na próxima quinta-feira (19), contando com a distribuição de cestas básicas e colchões.
A solidariedade tem mostrado sua força em Taió. Até a data de 18 de outubro, quase R$ 200 mil já haviam sido arrecadados via Pix para auxiliar nas ações de reconstrução. A chave para as doações é o CNPJ 82.765.488/0001-02.
O levantamento inicial da prefeitura aponta que cerca de 34% de todas as edificações foram atingidas. Isso se traduz em 1.377 residências alagadas e um impacto direto em 3,6 mil habitantes. Além disso, comércio, indústria e agricultura também sofreram perdas consideráveis, estimadas em aproximadamente R$ 73 milhões.
De acordo com o prefeito Purnhagen, mais de 400 caçambas de entulho já foram retiradas, e o trabalho de limpeza segue em ritmo intenso. O líder municipal também pleiteia que as forças do Exército se mantenham na cidade para acelerar os processos de reconstrução e limpeza.
Escolas, posto de saúde e até o prédio da prefeitura foram afetados. As aulas estão previstas para recomeçar na próxima segunda-feira (30), mas o transporte escolar enfrentará desafios, uma vez que muitas estradas estão danificadas.
Em relação às finanças, a prefeitura iniciou negociações com a Caixa Econômica Federal para liberar o FGTS aos moradores afetados e aguarda autorização federal. Uma unidade móvel do banco deverá ser instalada na próxima semana, já que a agência local foi completamente inundada.
Com a declaração de estado de calamidade pública, espera-se que a liberação de recursos por parte dos governos Estadual e Federal seja acelerada, contribuindo para a tão necessária reconstrução.