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A manhã deste sábado (17) começou de forma peculiar em Santa Catarina, com a presença de nevoeiros e, de forma preocupante, a fumaça proveniente das queimadas na Amazônia. O fenômeno, que afetou diversas regiões do estado, é resultado da combinação de ventos que trouxeram as partículas das queimadas do Norte e Centro-Oeste do Brasil para o Sul.
Entre a Grande Florianópolis e o Litoral Norte, a manhã foi marcada pela formação de nevoeiros marítimos, enquanto no Alto e Médio Vale do Itajaí, os nevoeiros de radiação foram predominantes, embora já tenham se dissipado em grande parte dessas regiões. O que chamou a atenção, no entanto, foi a presença da fumaça que cobriu partes do estado, resultado dos incêndios florestais em curso na Amazônia e áreas centrais do país.
As temperaturas na manhã deste sábado oscilaram entre 14°C e 21°C do Meio-Oeste ao litoral, e entre 18°C e 27°C nas demais áreas do estado. O vento soprava fraco a moderado, variando de quadrante sul nas áreas costeiras a quadrante norte no interior, com rajadas moderadas entre o Grande Oeste e o Litoral Sul. À medida que o dia avança, as temperaturas seguem em elevação, com previsão de predomínio de sol em quase todas as regiões, exceto no Litoral Sul, onde a nebulosidade ainda deve persistir.
O fenômeno da fumaça é motivo de alerta para a saúde pública. As partículas resultantes das queimadas, transportadas por milhares de quilômetros, afetam a qualidade do ar, podendo causar problemas respiratórios e outras complicações de saúde, especialmente entre os grupos mais vulneráveis, como crianças, idosos e pessoas com doenças respiratórias pré-existentes.
A Secretaria da Proteção e Defesa Civil de Santa Catarina emitiu um alerta sobre os impactos potenciais da fumaça, recomendando à população que fique atenta a sintomas de irritação respiratória, como tosse, dificuldade para respirar ou irritação nos olhos. Além disso, é aconselhável aumentar a ingestão de água e evitar atividades físicas intensas ao ar livre.
Esse cenário se soma ao já preocupante quadro de queimadas na Amazônia, que registrou o maior número de focos de incêndio no mês de julho desde 2005, com mais de 11.000 ocorrências. O corredor de fumaça, como é chamado o fenômeno, deve se intensificar ao longo do final de semana, afetando não apenas Santa Catarina, mas também o Rio Grande do Sul e outros estados do Sul do Brasil.
Especialistas recomendam que a população permaneça em ambientes fechados sempre que possível e utilize métodos para melhorar a qualidade do ar interno, como umidificadores ou toalhas úmidas. A tendência é que a fumaça permaneça na região pelos próximos dias, exigindo cautela e cuidados por parte da população.
Enquanto o sol predomina e as temperaturas sobem, o pôr do sol avermelhado, apesar de encantador, serve como um lembrete visível das consequências das queimadas que, apesar de ocorrerem a milhares de quilômetros de distância, têm impacto direto na saúde e na qualidade de vida dos catarinenses.