Divulgação
No WhatsApp do JR tem notícia toda hora! Clique aqui para acessar.
A deputada Luciane Carminatti (PT) propôs ações contra denúncias feitas por estudantes a professores em Santa Catarina. Carminatti afirmou que o estado se tornou um “laboratório de perseguição aos educadores”.
Diversos casos foram denunciados em escolas catarinenses por estudantes que usam celulares para filmar e expor polêmicas em salas de aula. Em São Bonifácio, um professor foi filmado durante uma discussão em que afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro é “nazista e fascista” e alegou que ele seria preso por “roubar joias”.
Outro caso ocorreu na EEB Prof. Minervina Laus, em Canelinha, onde um professor teria ameaçado verbalmente um aluno. O educador teria dito que a pergunta do aluno "merecia levar um tiro na cabeça" e usou termos ofensivos como "imbecis, idiotas, burros". A situação alarmou alunos e pais, que procuraram a administração da escola para reportar o ocorrido.
A deputada convocou os professores catarinenses para participarem de uma pesquisa nacional sobre violência contra educadores, lançada oficialmente pelo Ministério da Educação na última quinta-feira (6). A pesquisa está disponível no site do Observatório Nacional da Violência contra Educadoras/es, vinculado à Universidade Federal Fluminense (UFF).
A pesquisa, coordenada pelo professor Fernando Penna, será realizada de maio a julho, com possibilidade de extensão até agosto.
Penna explicou que a pesquisa utilizará a base de dados da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) para obter um panorama preciso do número de professores em atividade no Brasil. A amostra será constituída de dez cenários, permitindo generalizações regionais e estaduais dependendo do número de participantes.
Segundo a deputada, a violência contra educadores em Santa Catarina é fomentada por estudantes incentivados por grupos ideológicos, direções autoritárias e pais descontextualizados.
Casos de violência denunciados à Comissão de Educação e Cultura incluem temas como escravidão, poder de compra do salário mínimo, racismo e diversidade. Carminatti mencionou um caso em que uma professora foi denunciada por abordar o tema do capacitismo, resultando em perseguição online que a levou a buscar tratamento psiquiátrico.