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Jaime Antonio de Souza, do Partido Liberal (PL), mesmo tendo sido detido pela Operação Mensageiro, perdeu a eleição em São João do Itaperiú por uma diferença de apenas 23 votos. No pleito realizado no último domingo (6), ele recebeu 1.837 votos, equivalente a 49,69%, enquanto o vencedor, Rovâni, do PSD, alcançou 1.860 votos, com 50,31%.
Jaime, que ocupava o cargo de vice-prefeito ao lado de Clezio José Fortunato, também preso na mesma operação, tentou herdar o espólio político do ex-prefeito. Após ser libertado, decidiu disputar a eleição, mas a vitória escapou por pouco.
Além de São João do Itaperiú, outros municípios afetados pela Operação Mensageiro tiveram vice-prefeitos que, ao contrário de Souza, conseguiram sucesso nas urnas. Ana Claudia Quege, em Três Barras, e Jeferson Garcia, em Itapoá, foram reeleitos e continuarão no comando de suas cidades pelos próximos quatro anos.
Ana Claudia Quege, que assumiu a prefeitura de Três Barras após a prisão de Luiz Shimoguiri em abril de 2023, foi reeleita com uma ampla margem de votos, recebendo 82,86% do total. Já Jeferson Garcia, que governou Itapoá desde a prisão do prefeito em dezembro de 2022, conquistou a vitória com 52,30% dos votos, superando Tiago de Oliveira, do PL, que obteve 41,17%.
Em outras cidades do Norte de Santa Catarina, como Massaranduba, São João do Itaperiú, Guaramirim e Corupá, os partidos ou chapas vinculados a políticos detidos pela Operação Mensageiro foram derrotados nas urnas. A situação também se repetiu em municípios afetados pela Operação Et Pater Filium, como Bela Vista do Toldo e Canoinhas.
Em Schroeder, o MDB, partido de Felipe Voigt, detido pela Mensageiro, se coligou com a chapa vencedora de Jair Bridaroli, enquanto o ex-vice de Voigt, Lauro Tomczak, terminou em segundo lugar na disputa pela prefeitura.
Nos municípios de Papanduva e Balneário Barra do Sul, os partidos dos prefeitos envolvidos na Operação Mensageiro não lançaram candidatos, nem se aliaram a outras chapas. Em Barra Velha, Daniel Cunha venceu a eleição com o apoio do PL, partido de Douglas Elias da Costa, ex-prefeito detido pela Operação Travessia. Já em Major Vieira, Aline Ruthes foi eleita como a primeira mulher prefeita da cidade, com o apoio do PT, partido do vice-prefeito que também foi preso pela Operação Mensageiro.