Governo Lula decide hoje sobre possível retorno do horário de verão

Horário de verão pode voltar para enfrentar alta no consumo de energia

Governo Lula decide hoje sobre possível retorno do horário de verão

Reprodução

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O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem até esta terça-feira (15) para decidir se o horário de verão será retomado ainda neste ano. A medida, suspensa desde 2019, volta a ser cogitada como uma forma de aliviar a pressão nas contas de luz, que estão sob bandeira vermelha devido à estiagem prolongada em várias regiões do país.

A possibilidade de retorno do horário de verão vem sendo estudada há mais de um mês, principalmente pelos impactos da seca no sistema elétrico. A mudança, que tradicionalmente adianta os relógios em uma hora durante os meses mais quentes, é defendida por alguns como uma solução para reduzir o consumo de energia, mas divide opiniões entre a população.

De acordo com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, a decisão final será tomada com base na necessidade de equilibrar o fornecimento de energia no país. “O horário de verão é uma medida que, se for essencial, será adotada, mesmo com a clara divisão de opiniões em todo o Brasil”, afirmou o ministro em entrevistas anteriores.

Uma pesquisa do Datafolha divulgada nesta manhã revela que a opinião dos brasileiros está praticamente dividida. Dos entrevistados, 47% são a favor do retorno do horário de verão, enquanto 47% se posicionam contra e 6% se mostram indiferentes. O levantamento ouviu mais de 2.000 pessoas em 113 municípios entre os dias 7 e 8 de setembro e tem margem de erro de dois pontos percentuais.

Ainda segundo a pesquisa, a rejeição ao horário de verão vem crescendo nos últimos anos. Em 2017, 58% dos brasileiros apoiavam a medida, percentual que caiu para 55% em 2021 e agora se iguala entre favoráveis e contrários. A opinião varia conforme a faixa etária e a região: enquanto 62% dos jovens entre 16 e 24 anos são favoráveis, apenas 38% das pessoas com 60 anos ou mais apoiam a mudança no relógio.

O impacto da decisão também preocupa o setor aéreo, que exige um prazo mínimo de 20 dias para se adaptar ao novo horário, o que pode complicar a implementação da medida em um curto espaço de tempo.

Caso o governo decida pela volta do horário de verão, ele deve começar já no primeiro domingo de novembro, seguindo o padrão de anos anteriores. A expectativa agora é se o governo Lula anunciará a retomada ou manterá a suspensão da medida.