Divulgação / Ton Molina
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Em um depoimento recente à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das ONGs, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, fez declarações contundentes sobre o estado atual das mudanças climáticas, referindo-se a elas como um "Armagedom" para a humanidade. Essa afirmação veio no contexto de um questionamento sobre a relevância global do assunto, evidenciado pela reunião de 195 países para discutir a crise climática.
A presença de Marina na CPI não foi isolada, sendo acompanhada por figuras-chave como Rodrigo Agostinho, presidente do Ibama, e João Paulo Capobianco, secretário-executivo do ministério. Esta comitiva de peso ressalta a seriedade com que o governo brasileiro está tratando as questões ambientais.
A CPI, que investiga a atuação de ONGs, tem focado sua atenção no Instituto Chico Mendes (ICMBio), uma entidade subordinada ao Ministério de Marina Silva. Em 31 de outubro, senadores da CPI encaminharam à Procuradoria-Geral da República uma denúncia contra o ICMBio, após uma diligência em Epitaciolândia (AC), onde moradores da reserva relataram maus-tratos a animais, agressões a pequenos produtores rurais e ameaças por parte de membros do instituto.
Além disso, a ministra está sob escrutínio pelas relações que mantém com o Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), especialmente após a admissão de seu diretor-executivo, André Guimarães, de que Marina é conselheira honorária da ONG. O Ipam, em 2022, recebeu R$ 35 milhões do Fundo Amazônia, e há preocupações sobre a alocação desses fundos, especialmente considerando que 80% foram destinados a custos operacionais como folha de pagamento, viagens e consultorias.
A situação é agravada pelo fato de que, no início deste mês, Marina, ao lado da ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, anunciou a liberação de R$ 35 milhões do Fundo Amazônia para uma ONG que conseguiu paralisar uma obra de infraestrutura vital no Acre, evidenciando a complexidade e as controvérsias envolvidas na gestão ambiental e na relação do governo com ONGs.