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Na manhã desta terça-feira (3), Criciúma amanheceu com a notícia da prisão do prefeito Clésio Salvaro, detido pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO) em uma nova fase da Operação Caronte.
A operação investiga fraudes nos serviços funerários e já havia gerado outros desdobramentos na região. O prefeito, conhecido por atitudes polêmicas como mandar um morador de rua "capinar" após encontrá-lo embriagado, fez uma declaração em suas redes sociais, afirmando que sua prisão é uma manobra política.
Em um vídeo publicado em seu Instagram, Salvaro acusa diretamente o governador de Santa Catarina, Jorginho Mello, de estar por trás de sua detenção. "Essa prisão é política, não é um processo jurídico. Eles querem me tirar da eleição porque sabem que não têm outra chance", afirmou o prefeito, que foi levado ao presídio de Itajaí sob prisão preventiva.
A operação, que contou com o apoio da Subprocuradoria Geral de Justiça para Assuntos Jurídicos, cumpriu 10 mandados de prisão em várias cidades catarinenses, incluindo Criciúma, Florianópolis, Jaraguá do Sul e São José. As ordens judiciais foram expedidas pelo Tribunal de Justiça de Santa Catarina.
Apesar da gravidade das acusações, a Prefeitura de Criciúma, por meio da Procuradoria-Geral, afirmou que ainda não foi oficialmente notificada sobre os fatos e garantiu que os serviços públicos municipais continuam a ser prestados normalmente.
A detenção do prefeito adiciona mais um elemento de tensão ao cenário político catarinense, com a Operação Caronte agora chegando ao topo do Executivo municipal de Criciúma. Resta saber quais serão os próximos desdobramentos dessa história que promete impactar não só a política local, mas também as eleições que se aproximam.