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O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu por unanimidade cassar o registro de candidatura do notório deputado federal Deltan Dallagnol (Podemos-PR) nesta quinta-feira. Consequentemente, Dallagnol perde o seu mandato, com os votos recebidos sendo redirecionados para o seu partido.
A decisão dos ministros foi baseada na visão do relator, Ministro Benedito Gonçalves. Ele sustentou que Dallagnol, ao pedir exoneração do cargo de procurador, estava tentando evitar uma eventual punição administrativa que poderia deixá-lo inelegível.
O pedido de cassação foi apresentado por uma coalizão formada pelos partidos PT, PCdoB, PV e PMN. A princípio, o Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) negou a solicitação. No entanto, os partidos apelaram à instância superior, o TSE, que acabou por acatar a solicitação.
Dallagnol tem um histórico longo e respeitado no combate à corrupção e à criminalidade, com mais de 18 anos de serviço. Durante sua carreira como procurador da República, ele atuou em casos de grande repercussão, como as operações Gafanhotos, Banestado, Fênix, Curaçao e Lava Jato.
Ele ganhou destaque nacional ao coordenar a força-tarefa da Operação Lava Jato em Curitiba, uma investigação sem precedentes que expôs a corrupção política endêmica no Brasil, desmantelou a impunidade de figuras poderosas e recuperou bilhões de reais para o país. Além disso, Dallagnol liderou iniciativas e campanhas apartidárias para elaborar e aprovar pacotes legislativos anticorrupção.
Por seu trabalho incansável contra a corrupção, Dallagnol foi reconhecido com vários prêmios nacionais e internacionais de organizações como a Global Investigations Review, Transparência Internacional, AJUFE, ANPR, CNMP, Innovare e a International Association of Prosecutors.
Dallagnol, mestre em direito pela Universidade de Harvard, compartilhou sua expertise em centenas de aulas, treinamentos e palestras, além de ter escrito vários artigos e livros sobre corrupção, lavagem de dinheiro, atividade probatória e ética empresarial e comportamental.