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Santa Catarina decidiu manter o modelo de escolas cívico-militares, indo na contramão da decisão recente do governo federal de encerrar o Programa Nacional de Escolas Cívico-Militares (Pecim).
Com o anúncio de que a União planeja uma desmobilização progressiva do pessoal militar nos mais de 220 colégios cívico-militares até o fim do ano, Santa Catarina expressou seu desejo de manter e expandir o modelo, financiando com recursos próprios.
Durante o período da pandemia, Santa Catarina viu um aumento no número de escolas cívico-militares, totalizando nove instituições adotando o programa lançado na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro. Apesar da falta de apoio federal, a diretora de Ensino de Santa Catarina, Sônia Fachini, declarou que o Estado tem a intenção de manter e até expandir o programa com recursos próprios.
O modelo de escolas cívico-militares caracteriza-se pela combinação de professores civis com gestão administrativa militar. Militares da reserva servem como monitores, proporcionando disciplina e comportamento dos alunos, enquanto o governo federal fornece apoio técnico e financeiro.
O modelo, agora sem apoio federal, terá que se adaptar, envolvendo apenas militares ligados ao governo estadual, como policiais e bombeiros. Os detalhes de como essa migração de responsabilidades será implementada e financiada ainda estão em discussão.
O Ministro da Educação, Camilo Santana, destacou que o modelo cívico-militar não está alinhado com as políticas educacionais do atual governo e criticou o uso de recursos destinados à educação para pagamento de militares.
As escolas cívico-militares se multiplicaram no Brasil, de 93 em 2015 para 215 em 2022. Seus defensores argumentam que o modelo é crucial para melhorar a educação e preparar jovens para o mercado de trabalho, especialmente considerando os resultados atuais da educação pública.
Críticos da decisão de Lula de encerrar o programa expressaram preocupação com o impacto potencial na qualidade da educação e nas oportunidades futuras para as crianças brasileiras.