Reprodução / Redes sociais
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Três catarinenses, presos e condenados pelos ataques de 8 de janeiro de 2023 em Brasília, quebraram as tornozeleiras eletrônicas e fugiram do Brasil. Eles fazem parte de um grupo de 10 pessoas suspeitas de terem deixado o país, segundo levantamento do portal UOL.
Policiais federais cumprem mandados de prisão preventiva, expedidos pelo Supremo Tribunal Federal, em 18 estados e no DF para a captura de investigados e condenados vinculados aos atos de 8 de janeiro de 2023. Mais de duas centenas de réus, deliberadamente, descumpriram medidas cautelares judiciais ou ainda fugiram para outros países, com o objetivo de se furtarem da aplicação da lei penal.
Até o momento, 38 pessoas foram presas nos estados do Espírito Santo, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais, Bahia, Paraná e no Distrito Federal. A Polícia Federal continua realizando diligências para localização e captura de outros 170 condenados ou investigados considerados foragidos.
A PF pediu que foragidos fossem incluídos na lista da Interpol. Apesar de a operação de hoje não acontecer na Argentina, a PF passou os últimos dias pedindo que foragidos no exterior fossem incluídos na difusão vermelha da Interpol.
Os 10 militantes teriam cruzado as fronteiras de Santa Catarina e do Paraná com destino à Argentina e ao Uruguai. Um dos investigados, de São Paulo, teria solicitado asilo político ao presidente argentino, Javier Milei. Essas informações foram baseadas em registros do Supremo Tribunal Federal (STF), do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), e de familiares e advogados. A Polícia Civil de Santa Catarina afirmou que o caso é de competência federal e que até o momento não recebeu nenhum pedido de apoio de órgãos federais para a captura desses foragidos.
Deputados federais, incluindo Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Júlia Zanatta (PL-SC), viajaram a Buenos Aires na semana passada para pedir asilo político aos fugitivos do 8 de janeiro. A viagem foi parte de um evento promovido pela deputada argentina Maria Celeste Ponce, aliada do presidente Javier Milei. Os parlamentares bolsonaristas apelaram para que os brasileiros foragidos sejam recebidos como exilados políticos.
Ângelo Sotero, de Blumenau: O músico Ângelo Sotero de Lima, 58 anos, morador de Blumenau, foi condenado a 16 anos e meio de prisão pelos crimes de golpe de Estado, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, dano qualificado e associação criminosa. Seu advogado confirmou sua fuga, informando que ele se juntou a um grupo de 10 bolsonaristas que fugiram para a Argentina através da fronteira de Dionísio Cerqueira. Ângelo era ativo no Twitter, incitando a cassação de ministros do STF e pedindo intervenção militar.
Gilberto Ackermann, de Balneário Camboriú: Gilberto Ackermann, corretor de seguros de 49 anos, também está foragido. Ele foi condenado por participação nos atos golpistas em Brasília e, segundo a investigação, estava preparado para minimizar os efeitos do gás lacrimogêneo usado pelas forças de segurança. Fotos mostram sua presença nos prédios dos Três Poderes, inclusive exibindo uma carcaça de bomba de gás lacrimogêneo.
Raquel de Souza Lopes, de Joinville: A cozinheira Raquel de Souza Lopes, 50 anos, de Joinville, também faz parte do grupo de foragidos. Segundo a investigação, ela registrou fotos e vídeos dentro do Palácio do Planalto, comemorando a invasão e acreditando na chegada das Forças Armadas para efetuar o golpe. Em depoimento, Raquel afirmou que foi a Brasília para conhecer a capital e orar pelo presidente.