A Rodoviária de Chapecó, em Santa Catarina, foi palco de uma confusão envolvendo agentes da Guarda Municipal (GM) e dois homens acusados de uso de maconha no local. A situação chamou a atenção de comerciantes da região, que denunciaram o consumo de entorpecentes no terminal urbano.

Ao receber a denúncia, uma guarnição da Guarda Municipal foi deslocada para o terminal com o intuito de abordar os suspeitos. Durante a ação, um dos indivíduos reagiu, dificultando o diálogo e a abordagem dos agentes. Em um dos vídeos que circulam em grupos de WhatsApp, o homem é ouvido dizendo: "Eu falei desde o começo que meu baseado tá em casa."

Apesar da resistência inicial de um dos abordados, a revista pessoal realizada pela GM encontrou apenas papel seda, utilizado para a confecção de cigarros. Nenhuma quantidade de maconha foi localizada no momento da abordagem.

A situação gerou polêmica e atraiu a atenção de ativistas dos Direitos Humanos, que acusam os agentes da GM de truculência. Segundo os ativistas, a abordagem não deveria ter ocorrido, uma vez que o porte de maconha foi descriminalizado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). No entanto, é importante ressaltar que, apesar da decisão do STF, a posse de maconha continua sendo considerada um ato ilícito, sujeitando os indivíduos a medidas administrativas por parte do judiciário.

Os dois homens abordados possuem passagens policiais anteriores por posse e consumo de entorpecentes, o que contribuiu para a decisão dos agentes de procederem com a abordagem.

A repercussão do caso levanta questões sobre a atuação da Guarda Municipal e a aplicação das novas diretrizes em relação à descriminalização do porte de maconha. Enquanto a decisão do STF visa diminuir a criminalização de usuários, a interpretação e a aplicação da lei ainda geram controvérsias e desafios na prática.