Na manhã de quarta-feira (10), a Polícia Civil de Santa Catarina, em uma ampla operação denominada "Operação Conexão", prendeu ao menos oito pessoas suspeitas de envolvimento no assassinato de dois irmãos em Imbituba, no Sul do estado. As prisões ocorreram em Barra Velha, no Litoral Norte catarinense, e em diversas cidades do Paraná, incluindo Londrina, Curitiba, Maringá, Colombo, Araucária, Piraquara e Pinhais. Um mandado adicional foi cumprido no Paraguai.

As investigações revelaram que o crime, ocorrido em março de 2023 na Praia do Rosa, foi ordenado pelo chefe de uma organização criminosa ligada ao tráfico de drogas e a uma série de homicídios no Paraná. As vítimas, naturais do Paraná, estavam hospedadas com amigos e familiares quando foram executadas por três indivíduos armados, incluindo o uso de um fuzil.

Segundo a Polícia Civil, cinco suspeitos atuaram diretamente no assassinato, enquanto outros dois colaboraram na preparação e na obtenção das armas. A operação foi meticulosamente planejada, incluindo o monitoramento da residência alugada com o uso de drones. Além disso, dois veículos utilizados pelos criminosos foram identificados, um dos quais foi interceptado pela Polícia Rodoviária Federal com aproximadamente 225 quilos de maconha.

A motivação do crime, conforme esclarecido pelo delegado Juliano Baesso, foi um desentendimento entre membros da organização criminosa. As investigações também apontam a responsabilidade do grupo em outros homicídios recentes no Paraná, incluindo um duplo homicídio em Londrina e um caso em Maringá, que resultou na prisão de três pessoas e na apreensão de armas de fogo.

Na operação desta quarta-feira, foram cumpridos nove mandados de prisão preventiva e 29 de busca e apreensão. Entre os presos, está o principal mandante do crime em Santa Catarina, capturado na residência de sua mãe em Londrina, onde foi encontrado com uma arma de uso restrito.

Os suspeitos devem responder por homicídio triplamente qualificado, organização criminosa, posse ilegal de armas de fogo de uso restrito, entre outros delitos. A Polícia Civil continua investigando e não descarta a participação de mais envolvidos nos crimes. As informações obtidas serão compartilhadas com as autoridades paranaenses para auxiliar na resolução de outros casos relacionados à quadrilha.

A "Operação Conexão" contou com a colaboração de diversas delegacias e órgãos de segurança de Santa Catarina e Paraná, além da Secretaria Nacional Antidrogas do Paraguai, demonstrando um esforço conjunto no combate ao crime organizado na região.