Assassinatos durante “saidinhas” de fim de ano levantam discussões

Em Santa Catarina, 63 criminosos não retornaram das saidinhas de fim de ano

Assassinatos durante “saidinhas” de fim de ano levantam discussões

Suspeito de assassinar homem durante saidinha em BC / Imagem: PM

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Em Santa Catarina, um total de 63 detentos não retornaram às suas respectivas unidades prisionais após a concessão da saidinha de fim de ano, um benefício concedido pela Lei de Execuções Penais. Este número representa 2,77% do total de presos que receberam a autorização para saída temporária. 

As informações foram confirmadas pelas autoridades penitenciárias do estado.

A situação ganha relevância diante dos recentes incidentes violentos envolvendo indivíduos beneficiados pela saidinha. Em Balneário Camboriú, foi registrado o assassinato de um jovem, enquanto em Minas Gerais, um policial militar também foi vítima de homicídio. Ambos os casos foram atribuídos a detentos que estavam usufruindo do benefício da saída temporária.

As saidinhas são previstas na Lei de Execuções Penais brasileira, destinadas a promover a reintegração social de detentos que cumprem pena em regime semiaberto e que apresentam bom comportamento. O benefício é concedido em períodos específicos do ano, como datas comemorativas e feriados prolongados.

A não reincorporação desses 63 detentos ao sistema prisional após o período estipulado levanta questões sobre a eficácia dos processos de controle e monitoramento destas saídas. Autoridades estaduais e especialistas em segurança pública apontam a necessidade de revisão dos critérios utilizados para a concessão do benefício, assim como a implementação de medidas mais rigorosas de acompanhamento e fiscalização dos beneficiados.

As consequências desses incidentes refletem diretamente na comunidade e reacendem debates sobre a segurança pública e a política de execução penal no Brasil.

A busca pelos 63 detentos que não retornaram está em andamento, com as forças de segurança trabalhando para localizá-los e reincorporá-los ao sistema prisional. O caso suscitou debates sobre a adequação das políticas de execução penal e o equilíbrio entre a reintegração dos presos e a segurança pública.

As investigações dos crimes em Balneário Camboriú e Minas Gerais continuam, e as autoridades prometeram rigor na apuração dos fatos e na responsabilização dos envolvidos.