Delegada explica que mãe foi coagida a entregar bebê catarinense a casal de SP

Entrevista reveladora com a Delegada Sandra Mara, que está à frente das investigações do caso, foi publicada neste fim de semana em um canal do YouTube

Delegada explica que mãe foi coagida a entregar bebê catarinense a casal de SP

Reprodução/ SCC10

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No último sábado (20), uma entrevista reveladora com a Delegada Sandra Mara, que está à frente das investigações sobre o caso do garoto catarinense localizado em São Paulo no dia 8 de maio, foi publicada no canal do YouTube Crime S/A. Ela explicou como a criança foi encontrada e as alegações da mãe sobre as razões por trás da entrega voluntária do menino.

Segundo a delegada, a mãe do menino de dois anos foi coagida para doar a criança desde o período de sua gravidez, através de interações nas redes sociais, onde ela foi abordada em grupos de discussão sobre gravidez e adoção. "Ela é emocional e psicologicamente vulnerável, tornando-se alvo fácil para aqueles com intenções maliciosas", informou Sandra Mara. A mãe também confirmou à polícia que ela entregou voluntariamente seu filho para adoção.

De acordo com as informações da delegada, a mãe afirmou que "ela não tinha condições, que não queria deixá-lo com sua família, que desejava uma vida melhor para a criança, que é muito jovem, que não tem emprego e que possui apenas o ensino médio".

A delegada detalhou que um dos fatores que ajudou a localizar o menino foi a placa falsificada do carro em que ele estava. "Quando conseguimos acesso ao celular (da mãe), ficou evidente que ele não estava mais em Santa Catarina. Havia fotos dele em São Paulo dentro de um carro. Procuramos em hotéis e encontramos nas câmeras de segurança a placa do mesmo carro. A partir daí conseguimos rastrear a localização da placa e com quem ela estava."

Durante a entrevista, a delegada também descreveu a sequência de eventos do desaparecimento: a avó materna viu o menino pela última vez com a mãe no dia 30 de abril. No dia 1º, feriado, a avó não viu o menino, mas a mãe afirmou que ele estava na casa de uma amiga. No dia 2 de abril, a mãe adoeceu e foi hospitalizada em estado grave, o que levou a família a procurar o menino na casa da amiga no dia 3, mas ele não estava lá.

Depois disso, a família foi à casa de um homem supostamente pai do menino, onde também não encontraram a criança. Foi então que a família registrou um boletim de ocorrência, e o delegado percebeu a gravidade do caso, iniciando as investigações.