Em Itapema, Santa Catarina, uma adolescente de 14 anos é vítima de abusos sexuais recorrentes por parte de seu tio. A jovem, que estava grávida, foi forçada pelo agressor a tomar um medicamento abortivo ilegal. A polícia e o Conselho Tutelar estão envolvidos na investigação, mas o suspeito ainda não foi localizado.

Na manhã desta terça-feira, 12 de setembro de 2023, a Agência de Inteligência do 31BPM foi acionada para investigar um caso de abuso sexual contra uma estudante de 14 anos, após ser alertada pela diretora adjunta do colégio Maria Linhares, localizado no bairro Alto São Bento, em Itapema.

A diretora informou que a adolescente havia relatado a colegas que estava sendo abusada sexualmente por seu tio, irmão de sua mãe. Além disso, a jovem estava grávida de aproximadamente 7 semanas e havia iniciado um tratamento para aborto com um medicamento adquirido pela internet.

Diante da gravidade da situação, a diretora convocou a mãe da vítima e a adolescente para uma reunião no dia 11 de setembro. Ambas confirmaram os abusos e a gravidez. A diretora então as encaminhou ao Hospital Santo Antônio para exames e orientações médicas.

No dia seguinte, preocupada com a ausência da aluna, a diretora acionou a polícia. A adolescente e sua mãe foram localizadas no posto de saúde do bairro Casa Branca, aguardando atendimento. A vítima confirmou que os abusos começaram em 2017 e que um boletim de ocorrência foi registrado na época, mas a perícia foi inconclusiva. Ela também revelou que o agressor lhe forneceu o medicamento abortivo CYTOTEC, de venda proibida no Brasil, colocando em risco sua vida e a do feto.

A polícia foi até a residência do suspeito e encontrou indícios de que ele planeja fugir. O homem, natural de Alagoas, ainda não foi localizado.

O caso está sob investigação e a vítima foi encaminhada ao IGP para laudos periciais. O Conselho Tutelar também está envolvido no caso, garantindo o suporte necessário à adolescente e sua família. Até o momento, o autor dos crimes não foi localizado e não há confirmação sobre o estado do feto.

Este caso chocante lança luz sobre a urgência de políticas públicas mais eficazes para a proteção de menores e a punição de agressores sexuais. A sociedade aguarda justiça e medidas preventivas para que casos como este não se repitam.