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Empresários e servidores públicos de cidades catarinenses foram alvos de uma operação da Polícia Civil nesta sexta-feira (24). As ações aconteceram em vários municípios, incluindo Tijucas e Itapema. De acordo com investigações, o fato está ligado à Associação Hospitalar São Francisco de Assis, localizada em Santo Amaro da Imperatriz. Não há nenhuma relação com o hospital de Tijucas ou com a prefeitura do município Tijuquense.
As investigações apontaram que, em 2022, a Associação Hospitalar São Francisco de Assis firmou dois convênios com a Secretaria de Estado da Saúde, somando aproximadamente R$ 8 milhões. Os recursos foram destinados à contratação de empresas para reforma, supervisão, eficientização energética e instalação de gases medicinais.
Durante a pesquisa de mercado, foram utilizadas empresas de fachada para favorecer três empresas, sendo que duas delas pertencem ao mesmo grupo econômico.
Laudos da Secretaria da Infraestrutura constataram inúmeras irregularidades nas obras, incluindo sobrepreço nas planilhas orçamentárias, superfaturamento de itens e incompatibilidades entre o projeto básico e a execução. Além das buscas, a Justiça autorizou o sequestro de bens e valores no montante de R$ 4.208.618,23, que corresponderia ao valor desviado pelas empresas.
A operação, nomeada Célula Tronco, foi executada com o apoio de diversas delegacias da Diretoria Estadual de Investigação Criminal (DEIC), como a DEDIR, CECOR, e outras unidades especializadas. As buscas ocorreram em domicílios de empresários e agentes públicos em Joinville, Itapema, Tijucas, São José, Florianópolis e Santo Amaro da Imperatriz, além da própria Associação Hospitalar São Francisco de Assis.
Foram cumpridos 25 mandados de buscas em domicílios de empresários e agentes públicos. O delegado responsável pela operação é o doutor Gustavo Murijo.