Esquema de golpes em aluguel no litoral catarinense é alvo de operação

Ação resultou na seis prisões e apreensão de veículos, imóveis e criptoativos

Esquema de golpes em aluguel no litoral catarinense é alvo de operação

Divulgação

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Nesta terça-feira (17), a Polícia Civil, por meio da delegacia de Bombinhas, deflagrou a segunda fase da Operação Anúncio Fake, com o cumprimento de seis mandados de prisão preventiva e sete mandados de busca e apreensão nas cidades de Porto Alegre, Esteio e Alvorada, no Rio Grande do Sul. A operação foi resultado de uma investigação sobre um esquema de golpes financeiros que lesava turistas no litoral norte de Santa Catarina, com falsas promessas de aluguel de imóveis para temporada.

As ordens foram expedidas pela Vara Regional de Garantias da Comarca de Balneário Camboriú, após as investigações conduzidas pela Delegacia de Polícia de Bombinhas, com apoio da 2ª Promotoria de Justiça de Porto Belo.


A investigação apontou a atuação de uma suposta organização criminosa que aplicava golpes financeiros no litoral norte de Santa Catarina, operando a partir do Rio Grande do Sul. Na primeira fase da operação, deflagrada em setembro do ano passado, as autoridades utilizaram técnicas de investigação cibernética e análise de dados extraídos pela Polícia Científica, o que possibilitou identificar o esquema.

A organização criminosa era responsável por aplicar golpes em turistas, que realizavam reservas falsas de imóveis de veraneio em Santa Catarina. Muitas vítimas tiveram suas férias frustradas e sofreram prejuízos financeiros.


Além de identificar a atuação da organização, as investigações também revelaram o envolvimento de "laranjas", pessoas que conscientemente disponibilizavam suas contas bancárias para movimentar os valores obtidos com os golpes, com o objetivo de ocultar a origem ilícita do dinheiro. Esse montante era, posteriormente, revertido em favor dos líderes do esquema.

Nesta segunda fase, além das prisões e buscas, a operação se concentrou na persecução patrimonial dos envolvidos.


Foi determinado o bloqueio de até R$ 150 mil em contas bancárias pertencentes aos investigados, a indisponibilidade de bens imóveis registrados em seus nomes, bem como a apreensão de veículos e o bloqueio de criptoativos possivelmente pertencentes ao grupo criminoso.

A operação contou com a participação da Polícia Civil de Santa Catarina, por meio da Delegacia de Bombinhas, em parceria com o Grupo de Investigação de Crimes Cibernéticos (CyberGAECO). A ação também recebeu apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Rio Grande do Sul (GAECO/RS), atuando de forma coordenada para cumprir os mandados judiciais nas cidades gaúchas de Porto Alegre, Esteio e Alvorada.