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A Polícia Civil, por meio da Delegacia de São João Batista, investigou um caso que envolvia uma suposta tentativa de sequestro de uma criança, conforme havia sido amplamente divulgado pela imprensa local. Os agentes agiram rapidamente, ouvindo os envolvidos e analisando as câmeras de segurança do local.
Segundo o relato da criança, um homem estacionou seu veículo próximo ao parquinho onde ela estava brincando e iniciou uma conversa amigável. Ele fez algumas brincadeiras e cumprimentou a criança, mas logo em seguida foi embora. Em momento algum o homem tentou abrir a porta do carro, oferecer carona ou insinuar qualquer comportamento inadequado. As imagens capturadas pelas câmeras confirmaram que o episódio não envolveu nenhum crime, nem consumado, nem tentado.
O suspeito, um idoso de 60 anos, também foi ouvido pelas autoridades e corroborou o relato dos fatos, reafirmando que não houve qualquer tentativa de abordagem indevida. Após a investigação, ficou claro que tudo não passou de um grande mal-entendido.
Apesar da conclusão policial, a situação tomou um rumo preocupante. Revoltados com a atitude do idoso, populares começaram a espalhar boatos nas redes sociais, expondo imagens do carro do homem, a placa do veículo e até mesmo o endereço onde ele reside. A indignação se transformou em atos de violência. Um homem chegou a invadir o condomínio do idoso, danificar seu carro e proferir ameaças de morte. Outros envolvidos nas ações também foram identificados pela polícia.
A Polícia Civil fez um apelo à população, alertando para os perigos de atitudes precipitadas baseadas em boatos. Essas reações descontroladas podem gerar sérias consequências para todas as partes envolvidas. No caso em questão, os responsáveis pelas ameaças, danos ao veículo e difamação nas redes sociais deverão responder criminalmente pelos atos. Além disso, o idoso pode buscar reparação por danos materiais e morais em decorrência dos prejuízos que sofreu.