A interdição da BR-470 em Rio do Sul, provocada pela abertura de uma cratera no km 143, gerou preocupação na Federação das Empresas de Transportes de Cargas e Logística no Estado de Santa Catarina e nos sindicatos filiados ao Sistema Fetrancesc.

Em nota divulgada na noite de quarta-feira (14), a entidade destacou os prejuízos econômicos causados pela nova interdição e apontou para a fragilidade das rodovias catarinenses, enfatizando a urgência de investimentos e planejamentos no setor.

Além dos riscos para os usuários da rodovia, a situação em Rio do Sul é considerada um golpe para a economia do Estado, afetando o transporte de produtos e o escoamento das exportações catarinenses. A federação ressaltou que o impacto negativo sobre a movimentação de cargas afeta diretamente a região Oeste, principal polo agroindustrial de Santa Catarina.

De acordo com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), a previsão é que a rodovia permaneça totalmente interditada no trecho de Rio do Sul por pelo menos sete dias. A federação alertou para os efeitos imediatos do decreto municipal que proíbe o tráfego de caminhões no trecho urbano da cidade, resultando em aumento do tempo de deslocamento e dos custos operacionais.

Para os caminhões com mais de 40 toneladas, as rotas alternativas sugeridas são a BR-282 e a BR-280. A mudança de rota pode acarretar um acréscimo de 130 quilômetros no percurso e três horas a mais de viagem, especialmente considerando o tráfego na já saturada BR-101.

A Fetrancesc, representando mais de 20 mil empresas do setor, chamou a atenção para a precariedade do sistema rodoviário catarinense e a possibilidade de um colapso. A entidade enfatizou que situações como a de Rio do Sul evidenciam a necessidade urgente de investimentos e de um planejamento a médio e longo prazos, tendo em vista que a maioria das estradas em Santa Catarina é antiga e foi construída com base em projetos desalinhados com a realidade atual.

Fonte: Portal Alexandre José.