Divulgação / Redes sociais
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Em meio à crise contínua no Corinthians, um episódio violento ocorreu na madrugada desta terça-feira. Torcedores do clube invadiram um motel na Barra Funda, zona oeste de São Paulo, e agrediram o meio-campista Luan. O jogador, que estava acompanhado por cinco amigos e quatro mulheres, foi agredido nas costelas.
O incidente ocorreu após Luan, que foi contratado pelo clube em 2020 por R$ 28,9 milhões, revelar em uma entrevista ao podcast do ex-jogador Denílson as dificuldades de jogar pelo time paulista. Luan não joga desde 19 de fevereiro de 2022, quando o Corinthians, sob o comando do então técnico interino Fernando Lázaro, enfrentou o Botafogo-SP pelo Campeonato Paulista.
O Corinthians já comunicou o incidente à polícia para investigação e o departamento jurídico do clube está apoiando o jogador. Em meio à turbulência, Luan tem enfrentado não só pressão no campo, mas também questões pessoais profundamente impactantes.
"Foi uma série de fatores (que atrapalharam). Um fato que mexeu comigo foi a perda do meu irmão, meu parceiro desde os quatro anos de idade. Desde que o meu pai morreu, a gente fazia tudo junto. Era meu irmão de sangue. Foi em dezembro de 2020. No meio do ano perdi um parceiro, melhor amigo, e em dezembro meu irmão. Isso foi um choque", revela Luan.
Além das perdas pessoais, Luan também enfrentou problemas físicos que dificultaram seu desempenho. "Começou a juntar isso. 'Por que não estou conseguindo jogar?'. Essa desconfiança, sabe? Atrapalhou isso, tive lesões, pouca gente sabe que tive isso, mas se perguntar lá... Eu não conseguia andar. Umas paradas que não eram só muscular, foi bem complicado, não conseguia treinar", acrescenta.
Luan tentou uma nova chance com o técnico Vanderlei Luxemburgo, que não mostrou interesse em utilizá-lo. A frustração com o jogador é compartilhada por alguns torcedores do Corinthians. Após a derrota de domingo para o Red Bull Bragantino pela 13ª rodada do Campeonato Brasileiro, Luxemburgo questionou a vontade da torcida de ver Luan em campo.
Como a investigação policial está em andamento, a situação atual reforça a urgência de uma solução para a crise do Corinthians, dentro e fora do campo.