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O Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a criticar Israel e manifestou apoio ao Rio Grande do Sul, um dia após ignorar a morte de Michel Nisenbaum, assassinado pelo Hamas. Em três discursos na sexta-feira, que somaram mais de 50 minutos, Lula não dedicou nem 30 segundos ao brasileiro morto. A única menção foi feita nas redes sociais.
Neste sábado (25), em São Paulo, Lula criticou Israel em um evento. “Quero pedir pra vocês uma solidariedade às mulheres e crianças que estão morrendo na Palestina por conta da irresponsabilidade do governo de Israel”, afirmou. Ele ainda repetiu que o governo israelense “continua matando mulheres e crianças” na Faixa de Gaza, pedindo solidariedade ao povo palestino.
Segundo o Ministério da Saúde de Gaza, 35.903 palestinos morreram desde o início do conflito em outubro de 2023. O ataque do Hamas a Israel, em 7 de outubro, deixou 1.200 mortos.
Em um evento em Guarulhos (SP), Lula também pediu palmas às populações do Rio Grande do Sul afetadas por chuvas e enchentes recentes. Estavam presentes o vice-presidente Geraldo Alckmin e oito ministros, incluindo Fernando Haddad e Rui Costa.
Nessa sexta (24), as Forças de Defesa de Israel confirmaram a morte do brasileiro Michel Nisenbaum, de 59 anos, sequestrado pelo Hamas em 7 de outubro. Segundo autoridades israelenses, cerca de 250 pessoas foram sequestradas pelo Hamas naquele ataque, com 100 ainda em cativeiro.
Discurso da filha de Michel Nisenbaum, Hen Mahluf Nisenbaum
Hen Mahluf Nisenbaum, filha de Michel, lamentou a perda do pai. “Meu pai, o homem que está sempre ao meu lado. Na manhã de sábado, conversamos por telefone. Perguntei como ele estava porque ele mora em Sderot e ele respondeu ‘muito barulho aqui’. Quando ele parou de atender o telefone, percebi que algo ruim tinha acontecido. Fiquei ligando para ele o tempo todo, depois de algumas vezes os terroristas atenderam. Naquele minuto minha vida mudou.”
Reação do governo israelense
O Estado de Israel comunicou com extremo pesar o assassinato de Michel Nisenbaum. Ele foi morto durante o ataque terrorista de 7 de outubro, e seu corpo foi levado para a Faixa de Gaza. Seu corpo foi encontrado por forças de segurança israelenses em um túnel na Faixa de Gaza.
Posição do governo brasileiro
O governo brasileiro tem sido criticado pela sua postura em relação ao Hamas. Em 2010, Lula defendeu a inclusão do Hamas nas discussões sobre paz no Oriente Médio, e Celso Amorim admitiu “contatos informais” com o grupo. Em 2021, parlamentares petistas apoiaram o Hamas, se opondo à sua classificação como grupo terrorista.
A falta de condenação aos responsáveis pela morte de Nisenbaum revela uma postura que pode ser considerada de conivência com os crimes do Hamas. Em vez de reconhecer o terrorismo do Hamas, a política externa brasileira tem servido como escudo ideológico, ignorando a violência e as mortes de inocentes.