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Diante do cenário de violência intensificada no Rio de Janeiro, que culminou na última segunda-feira (23) com o incêndio de 35 ônibus na Zona Oeste, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou que o governo federal intensificará suas ações para combater o crime organizado na cidade. A declaração foi feita em resposta à série de ataques que causaram um prejuízo estimado em mais de R$ 37 milhões e deslocaram mais de 1 milhão de pessoas. Lula mencionou diálogos com Flávio Dino e prometeu uma atuação mais robusta da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal na região.
Segundo o presidente, o combate ao crime organizado e à atuação de milicianos será uma prioridade e ocorrerá em conjunto com o governo estadual. "O Flávio Dino conversou comigo. A Polícia Federal vai agir com mais força. A polícia Rodoviária federal vai agir mais na estrada", disse Lula. Ele também indicou uma futura conversa com o ministro da Defesa para aumentar a presença das Forças Armadas nos portos e aeroportos do Rio de Janeiro.
Os anúncios vêm após uma onda de violência sem precedentes na Zona Oeste do Rio de Janeiro, área que abriga cerca de 41% da população da cidade. O incêndio de 35 ônibus, incluindo cinco veículos do BRT, levou a uma crise no transporte público que afetará por meses os moradores da região. André Trigueiro, comentarista da GloboNews, explicou que a reposição dos veículos destruídos levará, no mínimo, seis meses.
Dados indicam que 70% das pessoas que se deslocam no Rio de Janeiro utilizam o transporte de ônibus coletivo. A perda desses veículos representa um golpe severo à mobilidade urbana, com impactos que reverberarão nos próximos meses.
O cenário é especialmente preocupante porque a Zona Oeste é uma das áreas mais extensas do município, com 40 bairros e 70% do território total da cidade. A escalada recente de violência foi disparada pela morte de um miliciano, segundo informações oficiais, resultando em ataques orquestrados que afetaram a vida de mais de 1 milhão de pessoas que habitam a área.
Lula assegurou que o governo federal "estará presente no Rio de Janeiro, ajudando de todas as formas possíveis a voltar à normalidade". No entanto, ainda não foram divulgados detalhes específicos sobre como essa atuação mais robusta será implementada.