Operação na Prefeitura de Florianópolis: saiba quem são os investigados

A investigação procura apurar crimes relacionados ao meio ambiente, fraude à licitação, corrupção, entre outros

Operação na Prefeitura de Florianópolis: saiba quem são os investigados

Divulgação

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Na manhã desta quinta-feira (18), dois secretários municipais de Florianópolis, Ed Pereira, Secretário Municipal de Turismo, Cultura e Esporte, e Fábio Braga, Secretário Municipal do Meio Ambiente, foram alvos de uma operação da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (DEIC). A ação, parte da Operação Presságio, também incluiu buscas na Câmara de Vereadores da capital catarinense.

Durante a operação, foram apreendidos malotes, documentos e aparelhos eletrônicos tanto na Câmara de Vereadores quanto em outros locais. A esposa de Ed Pereira, Samantha dos Santos Brose, assessora parlamentar no gabinete do vereador Marquinhos (PSC), e Gustavo Silveira, assessor parlamentar do vereador Jeferson Backer (PSDB), também foram alvos da investigação.

Apesar dos mandados terem sido cumpridos também na Câmara de Vereadores, não há nenhuma relação da investigação com o Poder Legislativo.

A DEIC efetuou ações em um endereço adicional no bairro Estreito, região continental de Florianópolis. A investigação, que segue em andamento e sob sigilo, procura apurar crimes relacionados ao meio ambiente, fraude à licitação, corrupção, entre outros.

Segundo o delegado Anselmo Cruz, da DEIC, informações adicionais sobre a operação não foram divulgadas para não comprometer as investigações. A prefeitura de Florianópolis e a Câmara Municipal, até o momento, não possuem detalhes sobre os procedimentos e aguardam mais informações.

A Operação Presságio, iniciada em janeiro de 2021, investiga a possível prática de Crime Ambiental de Poluição, fraude à licitação, corrupção passiva, corrupção ativa, associação criminosa e lavagem de dinheiro. O ponto de partida foi a constatação de poluição em um terreno próximo à Passarela Nego Quirido, onde resíduos eram depositados de forma inapropriada por uma empresa contratada emergencialmente durante a greve da COMCAP.

O nome da operação, "Presságio", decorre de suspeitas em torno do contrato emergencial assinado com a empresa, sediada em Porto Velho/RO, antes mesmo da greve da COMCAP. A empresa permaneceu prestando serviços por aproximadamente dois anos após a greve, que durou 10 dias, sem a devida licitação.

A ação envolveu 80 policiais civis de diferentes delegacias, além de acompanhamento da Comissão de Prerrogativas da OAB – Subseção de Florianópolis/SC. Outras informações serão divulgadas pela Polícia Civil conforme o avanço das investigações.

A Operação Presságio, coordenada pela Polícia Civil do Estado de Santa Catarina, estendeu-se além de Florianópolis, alcançando também as cidades de Brasília e Porto Velho/RO. No total, foram cumpridos 24 mandados de busca e apreensão e quatro ordens de afastamento de cargo público, envolvendo servidores comissionados do município de Florianópolis. As investigações se concentram na apuração de crimes como poluição ambiental, fraude em licitações, corrupção ativa e passiva, associação criminosa e lavagem de dinheiro.