Operação policial flagra farra do boi em Porto Belo; animal foi resgatado

Ocorrência foi registrada na noite desta segunda-feira (19), na Rua dos Samagaias. Envolvidos na crueldade conseguiram fugir

Operação policial flagra farra do boi em Porto Belo; animal foi resgatado

Reprodução/ Porto Belo Mil Graus

No WhatsApp do JR tem notícia toda hora! Clique aqui para acessar.

Na noite desta segunda-feira (19), por volta das 21h20, uma operação foi realizada na Rua do CTG, no bairro Vila Nova, em Porto Belo, para averiguar uma denúncia de farra do boi. A prática, considerada um crime contra a fauna e caracterizada por maus tratos contra animais, foi confirmada no final da Rua dos Samagaias.

De acordo com o relatório policial, a guarnição, juntamente com o Grupo de Operações e Resgate (GOR), compareceu ao local para a ação logo após a denúncia, quando constatou a veracidade dos fatos. Lá, o animal foi encontrado, mas os responsáveis pela farra conseguiram fugir, embrenhando-se na mata densa antes da chegada das autoridades.

Para a captura e remoção do boi, a equipe aguardou a chegada de um laçador. Após algumas horas de esforço, o animal foi finalmente laçado e transportado para o sítio do GOR, com previsão de posterior encaminhamento ao CIDASC (Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina).

A operação contou com o apoio das forças de segurança e resgate, e as investigações para identificar e responsabilizar os envolvidos na prática ilegal estão em andamento. 

A prática da farra do boi é enquadrada como crime ambiental, de acordo com a Lei Federal nº 9.605/1998, que dispõe sobre sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente. Especificamente, a farra do boi se enquadra no artigo 32, que trata dos crimes de maus-tratos a animais, podendo resultar em pena de detenção de três meses a um ano, além de multa para os infratores.

Historicamente, a farra do boi é uma tradição cultural em algumas regiões de Santa Catarina, especialmente no litoral, onde é realizada principalmente durante a Semana Santa. No entanto, a prática tem sido alvo de intensas críticas e repúdio por parte de organizações de proteção animal e da sociedade em geral, devido à crueldade e sofrimento infligidos aos animais. As autoridades têm intensificado esforços para coibir essa atividade, aplicando as sanções previstas em lei e promovendo a conscientização sobre a importância do respeito e proteção aos animais.