Reprodução / Jornal Razão
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Florianópolis, SC - A Polícia Militar de Santa Catarina efetuou uma prisão significativa na luta contra o crime organizado. Em uma operação realizada nas proximidades de uma balada em Florianópolis, foi capturado um indivíduo de alta relevância dentro do Primeiro Comando da Capital (PCC), facção criminosa predominantemente paulista e considerada a maior do país.
O suspeito, apontado como líder do setor responsável por crimes cibernéticos, é acusado de desviar mais de R$ 4 milhões através de métodos sofisticados de burla às camadas de segurança cibernética de contas bancárias. Além disso, ele é suspeito de lavagem de dinheiro na região litorânea de Santa Catarina.
A prisão foi resultado de uma colaboração eficiente entre o Setor de Inteligência do Batalhão da PM de Balneário Camboriú e a PM de Florianópolis. As autoridades agiram com base em informações que indicavam que o foragido estaria frequentando boates no luxuoso bairro de Jurerê. Após monitoramento, o suspeito foi encontrado e detido em frente à uma casa noturna.
Durante a abordagem, foi encontrado em sua posse um iPhone 14 e um iPhone 13. O indivíduo expressou alívio ao ser encontrado pela polícia, alegando não suportar mais a situação. A prisão foi efetuada sem maiores complicações.
A técnica utilizada pelo grupo incluía a habilitação remota de dispositivos eletrônicos para acessar contas bancárias, aproveitando-se das adaptações bancárias decorrentes do isolamento social imposto pela pandemia. A organização operava por meio de centrais de atendimento e e-mails falsos, visando enganar gerentes de contas e conseguir autorizações indevidas.
Após o acesso às contas, a organização realizava transferências para "laranjas", visando disfarçar a origem ilícita dos fundos. A investigação revelou a estrutura hierárquica e a divisão de tarefas dentro do grupo, que realizou 13 estelionatos e tentou outros 5, causando um prejuízo de mais de R$ 4 milhões ao Banco Santander (Brasil) S/A.
A decisão judicial para a manutenção da prisão preventiva se baseia na gravidade dos crimes e na necessidade de garantir a ordem pública, bem como a continuidade das investigações e a aplicação da lei penal.
A investigação, que durou aproximadamente 2,6 anos, revelou uma gama de atividades ilícitas, incluindo locação fraudulenta de veículos, financiamentos não pagos para aquisição de automóveis de luxo, compras em grandes quantidades em nome de terceiros, além de agiotagem, falsificação de documentos e ameaças.
A operação representa um avanço significativo no combate ao crime organizado, demonstrando a eficácia e a dedicação das forças de segurança de Santa Catarina na proteção da sociedade contra essas redes criminosas.