Polícia investiga se professor fez mais vítimas em escolas de SC; entenda

Um menino da mesma escola, que estudava na mesma turma de Valenthina , também desapareceu na última semana. Polícia investiga se mais crianças foram vítimas do 'professor'.

Polícia investiga se professor fez mais vítimas em escolas de SC; entenda

Reprodução / Redes sociais

No WhatsApp do JR tem notícia toda hora! Clique aqui para acessar.

“Ele estava muito estranho nos últimos dias”, disse um aluno nas redes sociais após o grave caso vir à tona. O professor leciona as diciplinas de matemática e física na Escola Amadeu da Luz é natural do Rio de Janeiro, tem 55 anos e não teve sua identidade revelada até o momento. 

As circunstâncias do crime ainda não foram explicadas, mas até o momento, sabe-se que o indivíduo sequestrou a menina Valenthina Justino da Silva na noite de sexta-feira (25).

Segundo informações, um aluno da mesma escola, que estuda na mesma sala e tem a mesma idade da garota, também desapareceu há uma semana. Ele foi encontrado no mesmo dia, mas a situação agora causou estranheza e desconfiança dos pais, principalmente porque o criminoso tinha um “fundo falso” em sua casa, onde a menina foi mantida em cativeiro.

O crime levanta questões urgentes sobre a segurança de nossas crianças e adolescentes, tanto no ambiente escolar quanto na internet. Este artigo busca não apenas relatar os fatos, mas também educar o público sobre como agem os aliciadores de crianças na internet. 

O Sequestro e a Investigação

Na manhã deste domingo, 27, policiais rodoviários federais, com o apoio da Guarda Municipal de Joinville, prenderam o professor na BR-101, em Joinville. O suspeito foi encontrado em seu Toyota Corolla, com placas de Curitiba, após a polícia receber informações sobre a localização do veículo.

Valenthina foi localizada em um compartimento secreto debaixo da cama do professor, no bairro Testo Rega, em Pomerode. A menina estava dopada, mas sem ferimentos visíveis. 

A mãe de um aluno, preocupada, fez um importante questionamento nas redes sociais: “É feito uma pesquisa sobre os candidatos aos cargos públicos que envolvem contato com crianças e adolescentes? Se não há, acho que é tempo de começarem a fazer.”

De fato, graves ocorrências acontecem em escolas em todo o Brasil e é essencial que as autoridades adotem estratégias para traçar perfis, identificar potenciais perigos e garantir a segurança de crianças e adolescentes. Em Tijucas, também no estado de Santa Catarina, há alguns meses descobriu-se que o vigia de uma escola era um criminoso foragido por diversos crimes gravíssimos, inclusive homicídio. Todavia, não constava nenhuma passagem policial ou mandado de prisão quando o nome do homem era consultado, expondo os perigos e a falta de acesso às informações por parte dos contratantes e até mesmo de setores da segurança pública. 

A Prefeitura Municipal de Pomerode emitiu uma nota, afirmando que um processo administrativo será instaurado e que espera que "a lei seja aplicada com exímio rigor."

Como Agem Aliciadores de Crianças na Internet?

Aliciadores frequentemente usam redes sociais, fóruns online e plataformas de jogos para identificar e entrar em contato com crianças. Eles se escondem atrás de perfis falsos, mascarando suas verdadeiras intenções. No caso de Pomerode, acredita-se que o bandido tenha feito o contato de forma direta, presencialmente, o que é ainda mais perigoso. 

Nos casos em que o contato é via internet, a abordagem é casual e centrada em interesses comuns. Com o tempo, o aliciador tenta estabelecer uma relação emocional com a criança, fazendo-a sentir-se especial e compreendida.

O próximo passo é isolar a criança de sua rede de apoio. Eles podem usar chantagem emocional e até oferecer presentes para ganhar a lealdade da vítima.

Finalmente, o aliciador pode introduzir temas sexuais na conversa e, em casos extremos, planejar um encontro físico, que é o último passo para o abuso sexual.

O caso de Valenthina Justino da Silva é um lembrete brutal de que o perigo pode estar mais perto do que imaginamos. É imperativo que pais e educadores estejam cientes dos riscos do aliciamento online e tomem medidas preventivas. A educação digital e o diálogo aberto com as crianças são as melhores defesas contra esses predadores.

Este caso não é apenas uma manchete; é um chamado à ação. É hora de reforçar nossos esforços para proteger nossas crianças e adolescentes, tanto no mundo físico quanto no digital.