Em menos de dois anos, 19 prefeitos, um vice-prefeito e três vereadores foram presos em Santa Catarina, sob acusações de corrupção em uma série de operações lideradas pelo Gaeco, incluindo as operações Mensageiro, Limpeza Urbana, Travessia e Terra Nostra.

Desde 8 de dezembro de 2022, o estado tem sido palco de várias operações do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), que expuseram uma série de esquemas ilícitos que variam desde superfaturamento em compras de imóveis até recebimento de propina para manutenção de contratos públicos.

Na mais recente ação, denominada “Terra Nostra”, realizada nesta terça-feira (16), a Polícia Civil prendeu quatro pessoas, incluindo o prefeito de Urussanga, Gustavo Cancelier (PP), e os vereadores Thiago Mutini (PP) e Beto Cabeludo (Republicanos). Eles são acusados de participação em irregularidades na aquisição de dois imóveis superfaturados, com investigações apontando para crimes como organização criminosa e falsidade ideológica.

A maioria dos prefeitos detidos renunciou ao cargo ou foi destituído.

Na “Operação Mensageiro”, prefeitos de 16 cidades foram detidos, incluindo Luiz Henrique Saliba de Papanduva e Joares Ponticelli de Tubarão, ambos acusados de recebimento de propinas em contratos públicos. 

A Operação Mensageiro foi uma ação focada em desmantelar um esquema de corrupção relacionado a contratos públicos para serviços de coleta e tratamento de lixo.

Outros gestores presos em operações diversas incluem o prefeito de Ponte Alta do Norte, Ari Wollinger, conhecido como Ari Bagúio, detido na Operação Limpeza Urbana; e o prefeito de Barra Velha, Douglas Elias Costa, apreendido durante a Operação Travessia por desvio de recursos em obras públicas. Ele foi acusado de manipular contratos e desviar verbas que deveriam ser utilizadas na construção de uma ponte na cidade.

A Operação Limpeza Urbana, foi um desdobramento da Operação Mensageiro. Focada em investigar irregularidades no contrato de limpeza urbana, essa ação também tratou de práticas corruptas envolvendo servidores públicos e empresas do setor. As acusações principais giravam em torno de fraude em contratos de limpeza.

A Operação Travessia focou na investigação de corrupção ligada a desvios de recursos públicos destinados a projetos de infraestrutura. A ação tornou-se notória ao revelar um esquema onde recursos foram ilegalmente desviados em projetos de construção de pontes, entre outros. 

Confira o nome de todos:

• 1. Luiz Henrique Saliba (PP) - Papanduva
  
• 2. Joares Ponticelli (PP) - Tubarão
• 3. Gustavo Cancelier (PP) - Urussanga
• 4. Ari Wollinger (Ari Bagúio) (PL) - Ponte Alta do Norte
• 5. Douglas Elias Costa (PL) - Barra Velha
• 6. Deyvison Souza (MDB) - Pescaria Brava
• 7. Vicente Corrêa Costa (PL) - Capivari de Baixo
• 8. Marlon Neuber (PL) - Itapoá
• 9. Antônio Ceron (PSD) - Lages
• 10. Antônio Rodrigues (PP) - Balneário Barra do Sul
• 11. Luiz Carlos Tamanini (MDB) - Corupá
• 12. Luiz Divonsir Shimoguiri (PSD) - Três Barras
• 13. Luis Antonio Chiodini (PP) - Guaramirim
• 14. Adriano Poffo (MDB) - Ibirama
• 15. Patrick Corrêa (Republicanos) - Imaruí
• 16. Sesar Tassi (MDB) - Massaranduba
• 17. Adilson Lisczkovski (Patriota) - Major Vieira
• 18. Alfredo Cezar Dreher (Podemos) - Bela Vista do Toldo
• 19. Felipe Voigt (MDB) - Schroeder