Tragédia em Bombinhas: Morre mãe que salvou filha de estuprador

Ela precisou passar por uma cirurgia de emergência na terça (8) e, infelizmente, morreu na madrugada desta quarta-feira (9)

Tragédia em Bombinhas: Morre mãe que salvou filha de estuprador

Arquivo/ divulgação/ PM

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Um triste fato foi registrado na madrugada desta quarta-feira (8). Joelma Bonifácio Andrade, mãe que defendeu a filha de 13 anos um estuprador em Bombinhas, após passar por vários procedimentos cirúrgicos não resistiu. Ela foi esfaqueada mais de dez vezes. O caso foi registrado no dia 4 de fevereiro e a informação foi divulgada por familiares. 

Conforme divulgado, ela perdeu um dos rins e teve pelo menos três órgãos perfurados. A vítima estava internada Hospital Ruth Cardoso, em Balneário Camboriú. Segundo informações de familiares, a mulher ficou 33 dias no UTI e, nesta terça-feira (7), precisou passar por cirurgia emergência por volta das 14h.

Ainda conforme divulgado por parentes, a vítima teria saído da sala de cirurgia com vida por volta das 22h. "O que temos no momento é que ela saiu com vida da cirurgia, porque pela médica ela não iria aguentar, mas nosso Deus não falha", disse uma familiar nas redes sociais. 

Entretanto, por volta das 4h, a triste notícia veio à nota. Infelizmente, Joelma não resistiu e morreu. 

Maiores detalhes sobre a piora repentina não foram informados. O Jornal Razão lamenta o acontecido e deseja os mais profundos pêsames à família e amigos. Ela era uma verdadeira e deu a vida pela filha. 

Nas redes sociais, irmãs da vítima lamentam, indignadas, a partida de Joelma.

"Infelizmente nossa alma chora. Nosso coração está dilacerado pela dor da sua partida, minha irmã. Mas a justiça divina não erra. Cremos no Deus que vai fazer isso por você. Infelizmente seus sonhos foram interrompidos. Você lutou 33 dias na UTI e resolveu descansar. Acompanhei seu sofrimento e agora você está com Deus, onde não sente mais dor e está olhando por nós. Eu te amo e a dor do luto nunca mais vai passar, mas pedimos força pra Deus pra sobreviver e cuidar dos seus tesouros", declarou.

ENTENDA O CRIME

Um bárbaro caso de violência contra a mulher foi registrado na madrugada do dia 4 de fevereiro em Bombinhas. Uma mulher de 31 anos, ao presenciar o marido, de 41, estuprando sua filha, de 13, tentou impedir e acabou sendo esfaqueada. Além disso, no local, estavam as duas filhas do casal, de 6 e 10.

A Polícia Militar foi acionada por volta das 2h, no bairro Zimbros, para, inicialmente, atender uma ocorrência onde uma mulher teria sido ferida por uma arma branca, e foi averiguar.

Lá, já na entrada do pátio da residência, os policiais se depararam com a vítima caída no chão, sangrando e com diversas perfurações no corpo. Apesar dos ferimentos, ela estava consciente. Continua depois da publicidade

O Corpo de Bombeiros foi acionado e, enquanto isso, mesmo com dificuldade, a mulher conseguiu relatar que ouviu o marido estuprando sua filha no quarto ao lado. Ela afirmou que acordou com o barulho da menor tentando gritar e, chegando ao local, flagrou a situação.

Diante disso, a vítima contou que entrou em luta corporal com o autor. Em determinado momento, ele, que estava em posse de uma faca, a golpeou diversas vezes. Em seguida, o mesmo teria fugido pelo portão da frente.

Já a adolescente, ao ser questionada sobre a situação, contou que o padrasto havia entrado em seu quarto durante a madrugada com uma faca e a ameaçou para que não gritasse. Em seguida, o autor teria utilizado um fio de luz para segurar seu pescoço, com intuito de que a mesma não fizesse barulho. Posteriormente, a estuprou.

Foi então que, segundo a jovem, ela conseguiu gritar e sua mãe ouviu. A mulher foi até o quarto lhe ajudar e acabou sendo esfaqueada inúmeras vezes. A mulher foi encaminhada para a UPA de Bombinhas, onde foram constatadas aproximadamente dez perfurações por todo seu corpo, mas, apesar disso, ela está estável.

O Conselho Tutelar e a Polícia Civil foram acionados e compareceram ao local. Além disso, em ação conjunta com a PM, foram realizadas buscas nas residências dos amigos e parentes do autor até o período da manhã, mas, até então, ele não foi encontrado.

ESTUPRADOR CULPAVA A VÍTIMA

O caso de violência contra a mulher que aconteceu em Bombinhas, onde o padrasto estuprou a enteada de 13 anos e, em seguida, tentou matar a mãe da menor, tem novos desdobramentos. Segundo delegado Ricardo Melo, responsável pelas investigações, o criminoso teria culpado a menina por ter "acabado com sua vida".

A esposa do autor, que é mãe da menina, levou mais de dez golpes de faca e perdeu um dos rins. Ela teve pelo menos três órgãos perfurados pelas facadas. A mulher passou por cirurgia ainda no dia do crime. 

Após a repercussão do caso, na manhã de domingo (5), o acusado se entregou à Polícia Civil, na DP de Bombinhas. Continua depois da publicidade

De acordo com a vítima, que foi ouvida pelas autoridades, esta não teria sido a primeira vez que o padrasto a estuprou. A menor não soube precisar exatamente, mas afirmou que o abuso teria se repetido em vários momentos.

O Conselho Tutelar e a Polícia Civil fizeram uma escuta especializada da menor, que contou maiores detalhes sobre o caso. Ela disse que, desta vez, o padrasto foi até o quarto, a ameaçou com uma faca e a violentou sexualmente.

Além disso, ela relatou que, após ser estuprada, o criminoso passou a culpá-la por ter "acabado com sua vida". Conforme a vítima, ele teria dito: "olha o que você fez com a minha vida".

Posteriormente, ainda conforme o delegado, o abusador teria pego um fio, que tem dois canos nas extremidades, e a atacou, como se quisesse estrangulá-la. Continua depois da publicidade

Foi neste momento que, de acordo com o delegado, a garota conseguiu se defender e pedir ajuda à mãe, que acordou e foi ver o que estava acontecendo. Foi então que ele pegou a faca que teria utilizado para ameaçar a menor atacado a mulher.

CRIANÇAS ESTÃO SOB CUIDADO DA FAMÍLIA

A vítima deixou três filhos, de 6, 10 e 13 anos. Conforme a irmã dela publicou nas redes sociais, o trio esta sob os cuidados da avó materna. "Elas estão sendo muito bem cuidadas e, enquanto a mãe delas não sair do hospital, não sairão de perto da gente", declarou.