Crianças se comovem e arrecadam doações para vítimas da enchente em SC

O Jornal Razão foi surpreendido na manhã desta terça-feira (10) com a visita de pessoas ilustres.

Crianças se comovem e arrecadam doações para vítimas da enchente em SC

Divulgação

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Na manhã desta terça-feira (10), a professora Carla da Silva e seus alunos do Centro Educacional Professora Alda Furtado dos Santos visitaram o Jornal Razão com um propósito nobre: arrecadar doações para as vítimas das enchentes que atingiram várias cidades de Santa Catarina, incluindo Taió.

Devido às chuvas recentes, muitos catarinenses enfrentam dificuldades com inundações que devastaram suas casas. Movidos por essa triste realidade e pela força da solidariedade, esses jovens decidiram se unir em uma campanha de arrecadação. "Nós resolvemos fazer uma arrecadação para ajudar as pessoas que estão passando por momentos ruins por causa da chuva", disse um dos estudantes.

O objetivo é coletar roupas, calçados, brinquedos e outros itens essenciais que possam ser úteis para aqueles que perderam suas posses devido às inundações. Além disso, a campanha também está aceitando doações de móveis em bom estado, considerando que muitas famílias perderam seus pertences após as águas invadirem suas casas.

O Jornal Razão está servindo como um dos pontos de coleta, e um caminhão foi posicionado no local para receber as doações destinadas a Taió.

Esta ação dos jovens estudantes, com o apoio de sua professora, serve como um lembrete tocante da força da comunidade e da importância da empatia em tempos de crise. "É a força da solidariedade do povo catarinense", destacou um membro da equipe do Jornal Razão.

Aos que desejam contribuir, o chamado é claro: "Vamos ajudar as pessoas que precisam!" As doações podem ser entregues no Jornal Razão e em outros pontos de coleta identificados pela campanha.

UMA DAS PIORES ENCHENTES DA HISTÓRIA

A segunda-feira (9) em Taió, no Alto Vale do Itajaí, foi marcada por uma enchente alarmante, considerada uma das piores em anos, superando até mesmo os registros de 2011 e ameaçando eclipsar o evento catastrófico de 1983. A cidade encontrou-se em estado de emergência, com águas chegando ao segundo andar de muitos edifícios e residências.

A magnitude da enchente foi explicitada pelos alarmantes níveis dos rios. O Rio do Centro, logo pela manhã, alcançou uma marca histórica de 12,5 m, ameaçando atingir a cota de emergência fixada em 13,5 m. Essa situação crítica é ainda mais enfatizada pela barragem do oeste, que, com um registro de 25,54 m, começou a vertente com 23,30 m.

Dados fornecidos pela Epagri-Ciram evidenciam a gravidade das chuvas que contribuíram para essa catástrofe. Somente desde a sexta-feira anterior, Taió recebeu uma precipitação de 230 mm, acumulando um total de 344 mm ao longo de uma semana. Mais preocupante ainda é a observação de que, nos últimos 15 dias, a cidade foi acometida por índices pluviométricos entre 400 mm e 500 mm.

A pressão da água causou estragos consideráveis, com relatos de vidros de estabelecimentos e residências se rompendo. Os comerciantes locais, que não puderam evacuar suas mercadorias a tempo, enfrentam agora severas perdas.

A enchente de Taió serve como um lembrete dos desafios que as mudanças climáticas podem trazer, reforçando a necessidade de preparação e resiliência.