Justiça devolve mandato para vereadora do PT que acusou catarinenses de “gesto nazista”

Ela recuperou seu mandato após uma decisão favorável do Tribunal de Justiça

Justiça devolve mandato para vereadora do PT que acusou catarinenses de  “gesto nazista”

Divulgação / Redes sociais

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A política local em São Miguel do Oeste, cidade catarinense com pouco mais de 40 mil habitantes, foi palco de um conturbado episódio jurídico e político. A vereadora Maria Tereza Capra, do Partido dos Trabalhadores (PT), recuperou seu mandato após uma decisão favorável do Tribunal de Justiça. Capra havia sido cassada por seus colegas vereadores sob a alegação de quebra de decoro parlamentar, após acusar catarinenses de fazerem um gesto nazista.

O episódio controverso teve início quando Maria Tereza Capra utilizou suas redes sociais para denunciar um suposto ato de saudação nazista por parte de um grupo de manifestantes bolsonaristas. Em novembro, eles bloquearam uma rodovia federal em protesto contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, acusando-os de gestos associados ao nazismo.

Em uma votação acirrada na Câmara Municipal, por 10 votos a 1 com uma abstenção, o mandato da vereadora foi cassado. A decisão dos vereadores baseou-se no argumento de que Capra difamou os cidadãos de Santa Catarina ao associá-los a células neonazistas e à realização de saudações nazistas.

Contudo, a Justiça interveio na situação. Maria Tereza Capra, representada por sua defesa, ingressou com uma ação na 1ª Vara Cível da Comarca de São Miguel do Oeste, alegando perseguição política e defendendo a legalidade de sua reação aos eventos. A defesa argumentou que a reação de Capra foi um impulso natural diante da representação que ela interpretou como similar aos gestos nazistas alemães dos anos 1930 e 1940.